Decepção: jornalistas da Globo admitem que debate foi morno
Último confronto entre presidenciáveis antes do primeiro turno frustrou o time de especialistas da emissora
Passava de 1h50 da madrugada de sexta-feira (dia 5) quando Heraldo Pereira deu início à edição especial da Central das Eleições diretamente do estúdio onde ocorreu o debate presidencial transmitido simultaneamente na Globo e GloboNews.
A equipe de comentaristas do canal de notícias se reuniu no belo cenário montado nos Estúdios Globo, no Rio, para comentar o último encontro dos presidenciáveis mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de votos.
Ouça o podcast Terra Entretenimento:
Merval Pereira, Cristiana Lôbo, Gerson Camarotti, Míriam Leitão, Andréia Sadi e Valdo Cruz concordaram em um ponto: o debate na Globo foi menos interessante do que todos previram.
“Faltou combate”, disse Míriam, especialista em economia. “Houve apatia”, opinou Merval, homem de confiança da família Marinho. “Ninguém saiu da mesmice.”
Na entrevista coletiva após o evento, Ciro Gomes deu a entender que o debate morno na emissora com mais audiência do País não vai alterar as posições na corrida presidencial.
“A Globo tem certa influência, mas ela não manda (no eleitor)”, afirmou o candidato do PDT.
Se os políticos não surpreenderam, William Bonner roubou a cena. O mediador se mostrou confuso em alguns momentos e precisou ser orientado no ponto eletrônico (aparelho usado no ouvido pelo qual os apresentadores recebem instruções) e até pelos candidatos.
“Peço desculpas pelas minhas próprias falhas”, disse o âncora e editor-chefe do Jornal Nacional, que revelou cansaço pelo excesso de trabalho na cobertura eleitoral.
De acordo dados prévios da Kantar Ibope, o debate registrou média de 22 pontos de audiência. Este índice representa 4.5 milhões de pessoas diante da TV na Grande São Paulo.
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