Demissões na TV geram dança das cadeiras entre jornalistas esportivos
Profissionais veteranos experimentam a euforia de nova fase na carreira após o impacto inicial do desligamento
Às vezes, depois dos 45 do segundo tempo ainda há muito jogo em campo. É o que acontece na vida profissional de algumas referências da cobertura esportiva na televisão.
Na terça-feira (11), Celso Cardoso, 54 anos, definiu novo posto profissional menos de 2 meses depois de pedir a rescisão de contrato na TV Gazeta, onde trabalhou por 31 anos, pela decepção por não ter sido escolhido para assumir a bancada do ‘Gazeta Esportiva’. Ele é o novo comentarista da Paramount+ nas partidas da Copa Sul-Americana e Libertadores da América.
Menos de 3 semanas após ser demitido da Globo, após 35 anos na emissora, Cléber Machado fez uma passagem rápida pela Record TV, onde narrou as finais do Campeonato Paulista, e estreou na Amazon Prime Video. Aos 61 anos, passa a liderar as transmissões da Copa do Brasil.
A demissão de Cléber e a aposentadoria de Galvão Bueno da narração de jogos na Globo (o veterano fará apenas aparições especiais) resultou na promoção de Rembrandt Júnior. O ‘Lance’ informa que o narrador, de 50 anos, trocará Recife pelo Rio de Janeiro e terá mais espaço na programação do canal aberto e também no SporTV e Premiere. Ele está no Grupo Globo desde o ano 2000.
Outro locutor dispensado pela empresa da família Marinho, Jota Júnior, de 74 anos, prepara o lançamento de seu canal no YouTube. Fora da TV depois de 24 anos de atuação no SporTV, ele disse ter recebido sondagens, mas ainda não fechou com outro canal.
Em fase de reestruturação desde 2018, a Globo deve anunciar mais demissões no jornalismo, inclusive de nomes da área do esporte. O objetivo é enxugar as despesas fixas para sair do vermelho. A TV líder em audiência registrou prejuízo nos balanços financeiros de 2021 e 2022.
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