‘Elas por Elas’ estreia hoje com destaque a atores negros, trans e não-binário
Remake de sucesso de 1982 traz atores populares em papéis desafiadores
Mário Fofoca foi um dos personagens mais divertidos da carreira de Luis Gustavo (1934-2021), mais conhecido pelas novas gerações como o Tio Vavá do ‘Sai de Baixo’. O detetive atrapalhado da novela ‘Elas por Elas’ fez tanto sucesso em 1982 que ressurgiu em seriado próprio no ano seguinte e ganhou um filme.
Agora, com o remake da trama que estreia nesta segunda-feira (25), às 18h25, Lázaro Ramos tem a missão de imprimir sua personalidade ao papel. Experiência com comédia não falta. Ele já fez o público da TV rir com o Foguinho de ‘Cobras & Lagartos’ (2006) e o protagonista de ‘Mister Brau’ (2015-2018).
Outra tarefa difícil será desempenhada por Isabel Teixeira. Após a doce e sofrida Maria Bruaca de ‘Pantanal’ (2022), ela foi escalada para viver uma vilã, Helena.
A ricaça irá perseguir a própria filha sem saber do parentesco entre elas. No passado, a bebê foi trocada na maternidade e, adulta, irá se apaixonar pelo rapaz criado como filho por Helena. Se tiver sorte, Isabel vai experimentar o ódio dos noveleiros, a melhor prova de que a atuação funciona.
‘Elas por Elas’ terá presença numerosa de negros no elenco, uma representatividade racial bem maior do que a primeira versão do folhetim. Duas das sete protagonistas são negras: Késia Estácio, que interpreta Taís, e Thalita Carauta, a Adriana.
A novela tem também os veteranos Cosme dos Santos, Mariah da Penha e Maria Ceiça, além de César Melo, Mary Sheila, Luis Navarro, Mari Oliveira, Liza Del Dala, Richard Abelha e Magda Gomes. Um timaço de artistas pretos. Diversidade tão necessária e pouco vista na teledramaturgia até pouco tempo.
Já o compromisso da Globo pela luta contra o preconceito de gênero será encarnado por Renée, papel de Maria Clara Spinelli, a primeira atriz transexual a fazer um papel principal em uma novela da emissora.
Na primeira fase, a personagem, ainda associada à identidade masculina, será vivida por Shi Menegat, que se define como não-binário, ou seja, não se identifica como sendo do sexo masculino nem do feminino.