Elizângela perde papel de novela da Globo por recusar vacina, diz colunista
A veterana atriz estava cotada para o novo folhetim de Glória Perez, 'Travessia', mas teria recusado imunizante contra a covid-19
A veterana atriz Elizângela, que estava cotada para 'Travessia', a nova novela das nove da Rede Globo, foi cortada do elenco por não querer se vacinar contra covid-19. Os protocolos de segurança sanitária da emissora são rígidos quanto a imunização.
Segundo o colunista Gabriel Perline, a atriz teria sido convidada para atuar na novela que substituirá 'Pantanal' pessoalmente pela autora Glória Perez. A escritora e a atriz já trabalharam juntas em outras novelas, inclusive no último folhetim de Perez, 'A Força do Querer'.
Além de Elizângela, a portuguesa Maria Vieira usou as redes sociais na semana passada para denunciar seu corte de 'Travessia' por ser contra a vacinação. Ela afirmou ter sido indicada para a novela pelo diretor Mauro Mendonça Filho, com quem trabalhou em 'Negócio da China' (2008), e que chegou a ser instruída a pedir um visto de trabalho para o Brasil.
Para Maria Vieira, forçar a vacinação faz parte de "decisões e ações ditatoriais" influenciadas pelo "globalismo" (teoria de conspiração da extrema direita, que sugere a implantação de chips nas vacinas). Politizando o tema, acrescentou que seu corte foi uma censura por ela ser de direita e apoiar Bolsonaro.
A exigência da vacinação passou a ser norma nas empresas de produção de conteúdo artístico em todo o mundo, desde o final de 2020, por motivos econômicos. Trata-se de uma opção radicalmente capitalista: não apenas reduz os encargos de tratamento por contaminação individual como diminui as paralisações de produções devido à detecção de covid-19 nos sets, economizando gastos das empresas.
Nos EUA, muitos atores foram dispensados de trabalhos em andamento por se recusarem a seguir os protocolos sanitários.
As vacinas não contém chips.
Após o início da vacinação, o Brasil caiu de 3 mil mortos diários para menos de 100. Uma pesquisa conduzida em Londrina, no Paraná, constatou que 75% das mortes por covid-19 registradas nos primeiros dez meses de 2021 ocorreram em indivíduos que não foram imunizados contra a doença. A maior parte das pessoas que ainda morrem por covid-19 estão com a vacinação atrasada.