Emissoras começam a agendar os debates com presidenciáveis
Programas ao vivo são considerados decisivos pelos partidos e podem gerar recorde de audiência aos canais
As redações de TV trabalham em ritmo acelerado nos preparativos para a cobertura diária das eleições. Atenção especial será dada, obviamente, à disputa pela Presidência da República.
Alguns canais já marcaram a data do debate antes do primeiro turno. A CNN Brasil vai realizar o encontro de presidenciáveis em 6 de agosto, um dia após o prazo final de anúncio das candidaturas.
No dia 9 de agosto será a vez da Jovem Pan News, emissora que tem Jair Bolsonaro como garoto-propaganda informal. Nas lives de quinta-feira, o presidente sempre pede a seus seguidores que assistam à emissora.
A Band ainda vai decidir se o debate será no dia 4 ou 11 de agosto. Na RedeTV!, o embate entre candidatos ao Planalto acontecerá em 2 de setembro.
Tradicionalmente, SBT, Record, TV Cultura e TV Aparecida também realizam debates presidenciais. Essas emissoras ainda não anunciaram datas.
O da Globo é sempre o último, dias antes da ida às urnas. Deverá acontecer entre 26 e 29 de setembro, mediado pelo âncora e editor-chefe do ‘Jornal Nacional’, William Bonner.
Ainda que o formato engessado prejudique a dinâmica, os debates atraem número relevante de telespectadores e geram faturamento extra com anúncios mais caros nos intervalos.
Em 2018, o do primeiro turno, na Globo, registrou média de 22 pontos no Ibope. Este índice, hoje, representaria 4,5 milhões de pessoas sintonizadas somente na Grande São Paulo, principal área de aferição de audiência do País.
Se em 2018 houve a frustração popular com a ausência de Bolsonaro dos debates, em razão do atentado a faca, desta vez há crescente expectativa por sua presença e o duelo verbal contra o principal adversário até agora, Lula.