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'Estrela da Casa': Novo reality show da Globo une confinamento com busca por sucesso na música

'Está mais para uma grande arena, onde participantes vão ser testados de diversas formas para além da música', diz Boninho, diretor da atração que será apresentada por Ana Clara

14 jul 2024 - 09h10
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Apesar do fim do The Voice, os apaixonados por reality show de música não ficarão órfãos. A nova aposta da Globo no seguimento é o Estrela da Casa, formato original da emissora que une o confinamento que estamos acostumados a ver no BBB com uma disputa pelo sucesso no mundo da música.

A atração diária, com estreia dia 13 de agosto, será apresentada por Ana Clara, que participou do BBB 18, apresentou alguns programas da casa, além de já ter participado de transmissões no Multishow. Agora, ela comemora ser a principal apresentadora de uma atração que tem tudo para atrair a atenção do público, tanto o viciado em programas de confinamento quanto os que curtem disputas musicais.

"É um formato inédito, diferente de tudo que a gente já viu", comenta, "O reality e a música, por si só, já encantam o brasileiro, então juntar esses dois em um programa de televisão vai ser uma potência enorme", aposta a apresentadora. A direção do formato, claro, é assinada por Boninho, que está por trás de quase todos os programas do tipo na emissora.

"É engraçado porque pouca gente sabe que não comecei com realities. Já fiz muita música, programas e até dramaturgia. Mas, de fato, quando conheci o formato me apaixonei e quis trazer para a Globo. O primeiro reality que fiz foi o No Limite, nos anos 2000, e realmente é um produto de conexão direta com o público", lembra o diretor que está por trás de todas as edições do Big Brother Brasil, No Limite e também assinou a criação de Mestre do Sabor, competição gastronômica da Globo.

Confira abaixo a entrevista editada com Boninho, concedida por e-mail.

A Globo já teve um formato parecido no Fama. O 'Estrela' será parecido? Por que não resgatar a marca?

É justamente por termos tido grandes sucessos do formato nas últimas décadas que criamos o Estrela da Casa, diferente de tudo que já fizemos. Fiz o Fama e foi muito divertido, um palco para muitos talentos. Mas o Estrela da Casa já nasce diferente: une convívio e talento musical, mas não é uma escola de música. Está mais para uma grande arena, onde participantes vão ser testados de diversas formas para além da música. Nem sempre as dinâmicas e provas serão musicais. Tem que saber jogar, formar alianças, tomar as decisões mais estratégicas e sobreviver à convivência com adversários.

Com o fim do The Voice, ainda há espaço para reality de música?

Música sempre teve espaço na Globo. O Estrela da Casa é novo, diferente dos formatos que já existem, com uma forte relação com a indústria da música atual e com um olhar no relacionamento entre participantes. É um reality raiz, com provas que vão definir quem tem mais vantagem no jogo e, consequentemente, no seu lançamento musical da semana, por exemplo. Para muitos artistas, cantar em rede nacional, na Globo, é uma conquista enorme. Agora imagina se isso for ponto de partida, com câmeras 24 horas por dia? Vai ser assim: os participantes vão ter a chance de apresentar seus singles para todo o Brasil e terão à disposição todas as ferramentas para que eles consigam entender o mercado musical e planejar as próprias carreiras da melhor maneira possível. O resultado desse esforço estará nas mãos deles e do público, claro, que vai acompanhar tudo ao vivo, em tempo real, e participar das decisões não só votando, mas ouvindo muito os singles dos seus favoritos. Em um país como o Brasil, que tem um povo e um público apaixonado, quando juntamos música e competição temos uma combinação poderosa. Além disso, existem as mudanças naturais do mercado musical. Criamos um produto que pode acompanhar essa mudança. Não à toa, temos a Universal Music com o apoio no olhar musical e no gerenciamento desses artistas. Estamos sempre em busca do novo.

Você é o rei dos realities e o Brasil adora um reality show que tem assinatura de Boninho. O que 23 anos de BBB te ensinou sobre o formato?

É engraçado porque pouca gente sabe que não comecei com realities. Já fiz muita música, programas e até dramaturgia. Mas, de fato, quando conheci o formato me apaixonei e quis trazer para a Globo. O primeiro reality que fiz foi o 'No Limite', nos anos 2000, e realmente é um produto de conexão direta com o público. Isso tem quase 25 anos, mas parece um formato criado hoje, para o consumo que temos atualmente de entretenimento e informação. Isso só demonstra a força do formato e as várias possibilidades que ele nos dá. A primeira lição que aprendi foi esperar o inesperado. Também entendi, com os realities que desenvolvi na Globo, que um bom reality show tem que ter um bom elenco, boas histórias e uma boa dinâmica. Precisa ser envolvente e surpreendente ao mesmo tempo. Por último, tem que estar no DNA o desejo de inovar.

Você acha que o Brasil tem um jeito próprio de fazer reality?

Acho que o Brasil tem um jeito único no entretenimento como um todo, mas posso avaliar mais especificamente o que fazemos com o BBB, por exemplo. É o mais importante e diferente formato da franquia Big Brother, que já serviu de inspiração para outros países. É tão diferente que fui chamado para ser o consultor de desenvolvimento do formato para o México, o 'La Casa de Los Famosos', da Telemundo. Nós unimos reality, telenovela e marcas em um único projeto, com uma qualidade e investimento enormes, e isso também nos diferencia demais. Quando falo em telenovela é porque, assim como na dramaturgia, nossos realities têm personagens com características próprias, diferentes entre si, que compartilham suas histórias e ajudam a compor um enredo que é único. Nós mostramos esse enredo para os espectadores. Também inserimos os parceiros comerciais no reality de uma forma muito fluida, que é positiva tanto para as marcas quanto para o público. Tudo isso muda completamente a forma de acompanhar e de se relacionar com o nosso programa.

Como espectador, que tipo de reality show você gosta de ver?

Como tenho muito envolvimento com o formato, não consigo ser apenas espectador (risos). Assisto a tudo que posso, pesquiso, então misturo diversão com trabalho. Portanto, vejo de tudo: ação, convivência, humor, culinária, namoro, make over.

Novo reality show poderá ser acompanhado 24 horas e terá exibições diárias na Globo

Quem está familiarizado com o BBB, vai perceber que o Estrela tem algo muito parecido. O fato de ser um reality de convivência, no qual os 14 participantes ficarão confinados em uma casa, sendo obrigados a um convívio diário, por exemplo. Além disso, terão que formar alianças e conquistar o público com relação ao convívio, enfrentando, ao mesmo tempo, provas de habilidades, resistência, força.

"O que me deixa muito impressionada é como nossa equipe conseguiu construir um programa que tivesse as camadas do jogo, da música e da convivência muito bem delimitadas", comenta Ana Clara. O olhar da apresentadora é também a partir do ponto de vista de quem já esteve confinada, chegou à final do programa - ela ficou em terceiro lugar junto com seu pai, Ayrton.

"É uma mistura de emoções muito grandes e as emoções estão sempre muito latentes", diz. "[No Estrela] A gente está mexendo com um sonho real de carreira, [dessas pessoas] poderem trabalhar da música, viver daquilo. Então, com certeza, a gente vai ver mais à flor da pele ainda esses sentimentos, essa angústia por chegar na final, essa luta para batalhar semana a semana", continua.

Dinâmica de jogo

O game vai começar desde o pré-confinamento porque os competidores precisarão preparar um repertório de oito músicas. Cada um deles começa o programa com uma dessas músicas disponível nas plataformas digitais, como um cartão de visitas, uma apresentação do que esperar de cada um dos 14 participantes.

Depois, a cada semana, eles escolhem um outro single desse repertório para lançar e precisa fazer o público ouvir. Eles precisam ser fiéis ao seu gênero musical do início ao fim. A quantidade de vezes que cada uma dessas canções for ouvida também vai ajudar os participantes a ficar mais tempo ou não na casa.

Enquanto convivem - cercados de câmeras e com transmissão 24 horas - eles participam de dinâmicas e provas lutando por vantagens e, claro pelo primeiro lugar no pódio das paradas musicais. Em jogo está um prêmio de R$ 500 mil, um contrato com a Universal Music, além do gerenciamento da carreira, turnê pelo Brasil e uma música em uma novela da Globo.

Como, ao longo do confinamento, os participantes vão precisar de ferramentas para fazer suas carreiras musicais acontecerem, eles vão contar com um estúdio musical dentro da casa. O espaço poderá ser usado no dia a dia para ensaios, composições e demais produções criativas. Também é nele que acontecerá, às segundas-feiras, uma das dinâmicas da semana: a visita de artistas consagrados à casa.

E o que todo músico precisa, além de um estúdio? Sim, um palco, que será montado fora da casa e possibilitará apresentações semanais dos participantes com direito a plateia. Os participantes terão uma chance semanal de ficar frente a frente com espectadores e fãs de seu trabalho. Essa apresetação acontecerá apenas para os cantores que se destacarem no jogo e conquistarem o privilégio de cantar um single no grande show semanal do reality.

Estadão
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