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Estresse de âncora e repórter expõe lado duro da TV ao vivo

Por trás da imagem que chega na tela de casa há pouco glamour e muitas adversidades

25 jun 2021 - 10h20
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Nos últimos dias, o sadismo da internet foi alimentado por dois vídeos com situações inusitadas que servem para desconstruir o imaginário popular sobre a televisão.

Christiane Pelajo e Flávia Jannuzzi: a superexposição no vídeo abre brecha para nervosismo e erro
Christiane Pelajo e Flávia Jannuzzi: a superexposição no vídeo abre brecha para nervosismo e erro
Foto: Reprodução/GloboNews e Reprodução/TV Globo

Um vazamento interno expôs a apresentadora Christiane Pelajo, do ‘Edição das 16h’, da GloboNews, em momento de revolta por problemas de áudio no estúdio.

Em um link (transmissão ao vivo) no ‘Jornal da Globo’, a repórter Flávia Jannuzzi pediu “perdão” por ter tido um ‘branco’ ao informar a respeito de variantes do coronavírus.

Os dois casos servem para humanizar a figura do jornalista de TV – suscetível a erros como qualquer pessoa – e mostrar que o telejornalismo é feito sob intensa pressão.

Quem vê tudo ‘perfeito’ na imagem que chega na tela de casa não imagina a operação de guerra nos bastidores para colocar um jornal no ar.

O âncora ou repórter diante da câmera precisa controlar o nervosismo natural e se comunicar com os técnicos e produtores enquanto tenta se manter concentrado.

No caso de Christiane Pelajo, ela estava ‘às cegas’ no estúdio, sem ouvir o que estava sendo exibido na emissora. Consequentemente, não poderia comentar nem interagir.

Tirada de contexto, a irritação da jornalista gerou julgamentos a respeito de seu comportamento com colegas e foi politizada nas redes sociais por críticos da Globo e GloboNews.

Ainda que tenha havido excesso na maneira de falar, a apresentadora estava com a razão ao reclamar da falha: como conduzir um programa ao vivo sem saber o que acontece?

O episódio com Flávia Jannuzzi foi baseado também no estresse. Bastou um segundo de distração para perder a linha de raciocínio e se deixar dominar pelo nervosismo.

Por sorte, a repórter contou com a solidariedade de Rodrigo Bocardi. Âncora substituto no ‘JG’, ele estava atento e fez uma análise do assunto enquanto a jornalista se recuperava do lapso.

Os profissionais que fazem TV ao vivo experimentam um misto de sensações. A euforia vem sempre acompanhada de tensão.

O dinamismo facilita a ocorrência de gafes. E assim, com acertos e erros, o show da notícia não pode parar.

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