Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Fraca no 1º turno, TV vira ringue para golpes baixos de Lula e Bolsonaro no 2º

Uso inadequado do mais influente veículo de comunicação de massa frustra quem esperava assistir a um debate de ideias para o Brasil

16 out 2022 - 09h59
Compartilhar
Exibir comentários

O espaço cedido aos presidenciáveis na televisão deveria servir para a apresentação de propostas viáveis para solucionar os maiores problemas do Brasil. 

Poderia, ainda, reavivar a memória do telespectador a respeito dos feitos realizados em prol do povo por aqueles que imploram voto para conquistar o cargo mais importante do País.

Doce ilusão. Ou melhor, amarga. 

O que se vê nos programas e nas inserções curtas ao longo do dia neste 2º turno é um festival de ataques contra a biografia e a honra. Os marqueteiros de Lula e Bolsonaro usam a TV para apelar, mexericar, difamar. 

Um golpe bem abaixo na cintura, não apenas entre os candidatos, mas também no público que ainda tem paciência e interesse em prestar atenção no blablablá dos dois políticos. 

A falta de qualidade do conteúdo exibido fez a gente regredir mais de três décadas, até a campanha presidencial de 1989, quando Fernando Collor recorreu ao mesmo método para desconstruir a imagem de Lula. Funcionou.

Vítima no passado, o petista repete a estratégia com Bolsonaro, que devolve na mesma moeda. Projetos concretos para socorrer os brasileiros e pavimentar o futuro? Esqueça.  

Ao longo do horário eleitoral do 1º turno, a televisão frustrou ao não exercer a influência que se previa. Cristalizadas, as intenções de voto foram pouco afetadas pela propaganda. 

Já neste 2º turno, as campanhas veem na velha TV – que em setembro completou 72 anos no Brasil – a principal plataforma para tentar convencer indecisos, baixar o índice de abstenção e até conseguir virar votos. 

Em entrevista ao projeto ‘Especial Focas’ do Estadão, o professor de Ciência Política Claudio Couto, da FGV-SP, disse qual seria o formato mais adequado para o uso da televisão na campanha eleitoral.  

“Deveria ser algo muito simples: um candidato e uma bancada. Ou, no máximo, o político acompanhado de outra pessoa. Colocar o próprio político apresentando sua proposta abertamente e eliminar todos esses efeitos, inclusive o uso de terceiros falando do candidato sem que ele apareça. Se a gente tem isso, efetivamente barateia e torna a campanha mais informativa. Mais politizada, inclusive.” 

Do horário eleitoral que mais parece um programa policialesco misturado com uma atração de fofocas, o único saldo positivo será o fortalecimento do mais popular veículo de comunicação de massa, presente em 98% dos domicílios. 

Nesta eleição, as campanhas erram com o mau uso da tela, mas, indiretamente, ajudam a ressaltar sua relevância. Políticos passarão, a telinha permanecerá.

Bolsonaro e Lula na propaganda na TV: os ataques flertam com a baixaria
Bolsonaro e Lula na propaganda na TV: os ataques flertam com a baixaria
Foto: Reprodução
Sala de TV Blog Sala de TV - Todo o conteúdo (textos, ilustrações, áudios, fotos, gráficos, arquivos etc.) deste blog é de responsabilidade do blogueiro que o assina. A responsabilidade por todos os conteúdos aqui publicados, bem como pela obtenção de todas as autorizações e licenças necessárias, é exclusiva do blogueiro. Qualquer dúvida ou reclamação, favor contatá-lo diretamente no e-mail beniciojeff@gmail.com.
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade