Globo é atingida por vazamentos de fotos e vídeos íntimos
Vários contratados da emissora ficaram superexpostos nas redes sociais e na mídia.
A sempre discreta Paolla Oliveira tornou-se mais uma vítima da onda de vazamentos que atinge globais.
Fotos da atriz seminua foram tiradas clandestinamente durante gravações da série ‘Assédio’ e divulgadas em redes sociais.
O autor e divulgador das imagens era alguém presente no estúdio, ou seja, um funcionário da própria Globo.
A emissora confirmou o episódio e assegurou que medidas serão tomadas para identificar e punir – inclusive judicialmente – o responsável pela atitude criminosa.
“A Globo repudia com veemência esse tipo de abuso, que atenta contra os direitos da atriz e viola a privacidade de seus ambientes de trabalho. O ato, que configura crime previsto em lei, também foi informado às autoridades policiais”, informa nota oficial.
O canal afirma que “já adota regras rígidas e do conhecimento de todos para preservar seus locais de filmagem, seus funcionários e suas obras, mas, diante desse fato, estão sendo aprimoradas as medidas de segurança, com novos procedimentos, que serão ainda mais rígidos em gravações fora dos Estúdios Globo”.
No Instagram, onde é seguida por quase 11 milhões de pessoas, Paolla Oliveira postou um texto no qual expressa revolta e faz coerente reflexão a respeito da invasão de privacidade.
“O que para mim é trabalho se transformou em oportunidade para alguém tentar tirar vantagens. O que esta pessoa ganhou com isso? Dinheiro, fama, cliques, likes, popularidade?”, questionou a artista.
“Em um momento em que todos estamos buscando uma sociedade mais correta, não há mais espaço para considerarmos esperteza o que é um desrespeito.”
Esta é apenas a mais recente ocorrência do tipo envolvendo importantes contratados da Globo.
Vídeos íntimos de conteúdo sexual supostamente feitos pelo apresentador de telejornais Rodrigo Bocardi, o ator Caio Paduan (o delegado Bruno de O Outro Lado do Paraíso), o humorista Marcelo Adnet e o ator José Loreto circularam recentemente na web.
O vazamento que expôs Bocardi saiu da esfera pessoal e envolveu diretamente a emissora pela posição privilegiada do jornalista na empresa. Ele é apontado como provável sucessor de William Bonner como titular no Jornal Nacional.
No final do ano passado, uma gravação divulgada por um ex-editor do canal, com comentários considerados racistas, resultou na rescisão contratual do âncora do Jornal da Globo, William Waack.
Os casos de Paolla Oliveira e Waack são especialmente graves, pois o vazamento foi feito de material captado na emissora por pessoas que deveriam prezar pela confidencialidade profissional – e no respeito ao colega de trabalho.
É difícil ter controle absoluto das várias fases do processo industrial de uma novela ou telejornal. Muitos profissionais têm acesso aos estúdios e ao material gravado.
Evidentemente não se pode contar apenas com a ética individual. A Globo precisará mesmo revisar o controle interno para evitar novos vazamentos.
Os atores que se deixam gravar diante da webcam precisam repensar a autopreservação. Um dos ônus da fama é a vulnerabilidade. Não dá para contar com discrição e cumplicidade no ambiente virtual.
Há por parte de muitas pessoas um prazer sádico em provocar constrangimento a quem ostenta popularidade e status. Um mal contemporâneo sem remédio disponível, mas na mira da lei.
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