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Globo tenta diminuir desconfiança das pesquisas eleitorais

Matéria no ‘Fantástico’ mostrou como são feitos os levantamentos de intenção de votos dos institutos contratados pela emissora

15 out 2018 - 12h13
(atualizado às 12h13)
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Os entrevistadores do Ibope e do Datafolha existem mesmo? Onde atuam? Como trabalham? Quem abordam?

No domingo, dia 14, o ‘Fantástico’ exibiu uma matéria de quase 7 minutos de duração sobre o trabalho em torno das pesquisas eleitorais. A repórter Ana Carolina Raimundi acompanhou equipes de pesquisadores nas ruas.

Tadeu Schmidt e Poliana Abritta, apresentadores do ‘Show da Vida’
Tadeu Schmidt e Poliana Abritta, apresentadores do ‘Show da Vida’
Foto: Facebook @fantastico / Reprodução

Foram ouvidos o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, e a diretora-executiva do Ibope, Márcia Cavallari. Ambos representam os dois institutos de pesquisa mais citados na imprensa. A Globo contrata ambos para ter dados divulgados em primeira mão em seus telejornais.

Paulino e Cavallari têm participado quase diariamente do ‘Jornal das 10’ e da ‘Central das Eleições’, na GloboNews. A análise técnica oferecida por eles complementa o olhar jornalístico dos comentaristas do canal.

Como o blog já destacou em posts anteriores, o telejornalismo se tornou dependente das pesquisas eleitorais. A análise dos números ocupa excessivo espaço. Enquanto isso, o emergencial esclarecimento ao público das propostas dos candidatos fica em segundo plano.

A matéria do ‘Fantástico’ foi bem ‘sincerona’: levantou as principais desconfianças do cidadão a respeito das pesquisas. 

Explicou como são escolhidos os entrevistados, o ‘modus operandi’ dos agentes do Ibope e do Datafolha, o impacto dos números na decisão dos eleitores e até as diferenças entre os índices das pesquisas e o resultado das urnas.

Muitos telespectadores podem ter sido convencidos da confiabilidade dos levantamentos, ainda que os agentes de campo dos institutos mostrados na matéria tenham tido os rostos desfocados e os nomes não revelados.

“Para não atrapalhar o trabalho dos pesquisadores, o ‘Fantástico’ não vai identificá-los”, explicou a repórter.

A preservação da imagem desses funcionários deve estar relacionada ao assédio que poderiam sofrer a fim de revelar informações sigilosas ou é uma estratégia de segurança para evitar que sejam atingidos pela lamentável e preocupante onda de agressividade entre bolsonaristas e petistas.

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