Huck poderá ser o “candidato do plim plim” desejado por Lula
Possível candidatura do apresentador à Presidência foi cogitada por FHC
O caldeirão político já ferve com as manobras visando a eleição presidencial de 2018. E a televisão, como sempre, terá papel fundamental. Talvez não apenas na cobertura jornalística da disputa por votos.
A possível candidatura de Luciano Huck e João Doria deixou a seara dos rumores para se tornar uma possibilidade concreta. E o responsável por isso foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Em entrevista ao jornal ‘Folha de S. Paulo’, o líder tucano explicou a empolgação no meio político – e nas pesquisas de intenção de votos – com os dois apresentadores: “eles são o novo porque não estão sendo propelidos pelas forças (políticas) de sempre”.
Luciano Huck, 45 anos, é bastante ligado a tucanos como o senador e presidenciável Aécio Neves. No comando do ‘Caldeirão’ desde 2000, ele desconversa quando questionado a respeito de se lançar político.
Um dos artistas brasileiros com mais visibilidade nas redes sociais, o marido da apresentadora Angélica possui 41 milhões de seguidores entre Instagram, Facebook e Twitter – este número representa quase 30% dos 144 milhões de brasileiros aptos a votar. Qual partido não cresceria os olhos diante de tamanha influência?
João Doria, 59, afastado temporariamente dos programas ‘Show Business’, da Band, e do ‘Face a Face’, da BandNews, está com 3.7 milhões de pessoas nas redes sociais.
Ao contrário de Huck, o prefeito de São Paulo não disfarça a intenção de chegar ao Planalto. Resta saber se a primeira tentativa será mesmo no ano que vem.
Há inúmeros fatores na decisão do voto, mas é inegável que a fama proporcionada pelo trabalho na TV pode ser determinante para o sucesso de um artista ou jornalista em transição à carreira política. Ainda mais em um País que consome tantas horas de televisão como o Brasil.
Huck fala todo sábado para quase 3 milhões de pessoas (e possíveis eleitores) somente na Grande São Paulo. Qualquer político desejaria esse trampolim midiático para alçar voo.
Sua possível candidatura vai envolver diretamente a Globo. Já duramente criticada por setores da sociedade descontentes com seu jornalismo, a emissora teria o desafio de provar sua imparcialidade ao cobrir a corrida presidencial com a participação de uma de suas principais estrelas.
Em discurso na sexta-feira (5), Lula criticou o canal da família Marinho e fez uma provocação: “quero que eles tenham um candidato que tenha um ‘plim plim’ no peito”. Terá sido uma profecia?