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Humorista Ary Toledo morre aos 87 anos

Pioneiro do humor na televisão brasileira, ele deixa um legado de irreverência e inovação

12 out 2024 - 15h41
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Foto: Instagram/Ary Toledo / Pipoca Moderna

O humorista Ary Toledo morreu na manhã deste sábado (12/10) aos 87 anos, em São Paulo, vítima de uma pneumonia. O artista estava internado desde 2 de outubro no Hospital Sírio-Libanês, onde faleceu. A notícia foi compartilhada em seu perfil oficial no Instagram, com um comunicado que enalteceu a importância de Ary para o humor brasileiro: "Um humorista brilhante que iluminou nossas vidas com seu talento e risadas".

Carreira marcada pela bossa nova

Natural de Martinópolis, interior de São Paulo, Ary Toledo nasceu em 22 de agosto de 1937 e despontou na cena humorística ao explorar temas sociais, políticos e situações cotidianas em suas piadas.

Seu início artístico foi no Teatro de Arena, aos 22 anos, em São Paulo, onde também atuou como cantor e compositor. Em 1965, lançou o álbum "Ary Toledo no Fino da Bossa", destacando-se com a música "Tiradentes". Também fez sucesso com a canção "Pau de Arara", de Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, mas foi incentivado pelo próprio Vinicius a se dedicar ao humor. Então, passou a se apresentar em shows que mesclavam música e humor.

As apresentações renderam discos e livros com compilados de mais de 90 mil piadas que marcaram sua carreira, além de canções humorísticas como "A Moda do Zé" e "Melô do Pinto".

Prisões durante a ditadura

Ao começar a carreira durante a ditadura militar, Ary Toledo chegou a ser preso por piadas. Durante um show, brincou: "Quem não tem cão, caça com gato, e quem não tem gato, cassa com ato", uma alusão ao AI-5. Por conta disso, foi preso pelo DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) apenas um dia após a promulgação do ato, em dezembro de 1968. Depois disso, ainda enfrentou mais duas prisões, mas, em uma delas, o coronel que o deteve era seu admirador e acabou o liberando.

Humor na televisão

Ao longo de sua trajetória, Ary participou de diversas produções televisivas, incluindo as séries "O Vigilante Rodoviário" (1962) e "Ceará Contra 007" (1965), a novela "Os Imigrantes" (1981) e "A Praça é Nossa" (1987). Mas foi no "Show de Calouros", do Programa Silvio Santos, no SBT, que ele consolidou seu sucesso, tornando-se o contador oficial de piadas da atração.

Relacionamento com Marly Marley

Ary foi casado por mais de 40 anos com Marly Marley, atriz e diretora teatral, considerada a "única vedete de São Paulo" (o teatro de revista era dominado por cariocas), que faleceu em 2014 aos 75 anos. Em entrevistas, Ary descreveu a perda da esposa como a maior tristeza de sua vida.

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