‘Jornal Nacional’ vive altos e baixos no Ibope sob expectativa da saída de Bonner
Telejornal se mantém muito à frente de Record e SBT, mas precisa urgentemente de renovação
Às vésperas do início das festividades de seus 60 anos, a Globo vê o principal telejornal, o ‘JN’, oscilando bastante de audiência. De janeiro a outubro, marcou médias entre 19 e 28 pontos.
Coberturas de grande interesse público, como a das Olímpiadas e Paralimpíadas de Paris e do acidente com o avião da VoePass, geraram alguns dos recordes no Ibope.
Já o desempenho ruim da novela ‘Mania de Você’ prejudica o telejornal. Normalmente, muitas pessoas ligam na Globo mais cedo à espera da trama das 21h, beneficiando o ‘JN’. Não é o que acontece agora.
Mesmo instáveis, os índices ainda garantem liderança folgada na faixa das 20h30 às 21h25. Record e SBT não conseguem nem a média de 10 pontos. Em geral, o horário nobre da TV aberta registra estagnação.
Existe a expectativa de novidades no ‘Jornal Nacional’ ao longo do próximo ano. Desde que assumiu a direção-geral de jornalismo da Globo, em janeiro, Ricardo Villela não fez mudanças relevantes.
O boato da saída de William Bonner, que acumula as funções de apresentador e editor-chefe, circula com força pelos corredores do canal. Ele completará 39 anos na emissora e 29 como titular do ‘JN’.
Em outros tempos, sua ausência definitiva na bancada poderia representar perda irreparável ao telejornal. Hoje, não mais. Em vários períodos em ele que ficou afastado – folgas, férias e para cuidar de um pé quebrado, por exemplo –, a audiência não foi abalada e seus substitutos se mostraram capazes da missão.
Com ou sem Bonner, o ‘Jornal Nacional’ precisa sair do comodismo e apresentar inovações. Falta análise dos principais fatos, mais séries especiais de reportagem e matérias investigativas. Não adianta apenas dar as notícias cotidianas que todo mundo já viu antes na internet.