Jornalistas da Globo evitam o ‘vermelho de Lula’ na cobertura do debate
Houve recomendação para não estimular factoide como aconteceu com Renata Vasconcellos ao entrevistar o petista no ‘JN’
No uso eleitoral das cores, o verde e o amarelo da camisa clássica da Seleção estão associados aos bolsonaristas, enquanto o vermelho remete à estrela do PT e a Lula.
Âncoras e comentaristas da Globo e GloboNews evitaram estes tons no horário nobre desta quinta-feira (29), ao longo da cobertura do mais aguardado e decisivo da campanha de 1° turno.
As jornalistas optaram por cores claras e neutras, como o branco e o azul predominantes no cenário da arena montada para receber os presidenciáveis nos Estúdios Globo, no Rio.
A exceção foi a comentarista de política Flavia Oliveira. Declaradamente de esquerda, ela surgiu de bordô (um vinho-avermelhado). Entendedores entenderam.
Os homens dos dois canais também fugiram de possível polêmica. Usaram gravata azul, preta, rosa. Nada próximo do vermelho.
Mediador do confronto entre os candidatos, William Bonner repetiu o mesmo padrão cromático do debate de 2018: terno escuro e gravata estampada azul.
Na bancada do ‘Jornal Nacional’, Helter Duarte vestiu azul-petróleo e Ana Luiza Guimarães, preto.
Em agosto, quando Lula foi sabatinado no telejornal, surgiu um boato de que Renata Vasconcellos tinha usado sapatos vermelhos como mensagem subliminar de suposto apoio ao petista.
A foto que viralizou nas redes sociais e até gerou matérias na imprensa tinha uma distorção de iluminação. O calçado de salto, na verdade, era marrom-caramelo.