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Lula faz graça ao explicar por que não atendeu a imprensa brasileira na China

Repórteres enviados à Ásia tiveram pouco acesso ao presidente e levaram um ‘chá de cadeira’ em coletiva

15 abr 2023 - 01h43
(atualizado às 01h44)
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No ‘CNN Prime Time’, o âncora Márcio Gomes destacou o estranhamento geral causado por Lula ao evitar os jornalistas na visita à China.

O presidente cancelou na última hora sua presença na coletiva de imprensa onde faria uma avaliação da viagem. Os repórteres o aguardaram por 2 horas em um salão no Palácio do Povo.

No dia anterior, no hotel em Xangai, Bianca Rothier, correspondente da Globo e GloboNews na Suíça, tentou ouvi-lo. Foi ignorada e recebeu ordem de seguranças para se afastar.

Baseado em Londres, o enviado especial da CNN Brasil, Américo Martins, também não conseguiu uma declaração exclusiva do petista. Patrícia Vasconcellos, do SBT, só viu Lula à distância ao longo dos compromissos oficiais.

O presidente foi ao encontro de jornalistas apenas ao deixar o hotel em Pequim. Uma entrevista rápida em que ele se esquivou de polêmicas.

“Desculpa por não ter conversado com vocês, não foi possível. A agenda foi intensa e quando sobrava uma hora, eu tava o pozinho da rabiola. Eu não ia dar entrevista totalmente desconectado com a minha beleza”, disse, bem-humorado.

Ao encerrar, reclamou da derrota de 2 a 0 de seu time, o Corinthians, para o Remo pela Copa do Brasil. “Não tá certo.”

A maioria dos telejornais da noite de sexta-feira (14) não teve tempo de exibir o material da conversa de apenas 8 minutos antes da saída da comitiva para o embarque com destino a Abu Dhabi. A direitista Jovem Pan News transmitiu um trecho ao vivo.

Nas redações no Brasil, o incomum distanciamento do presidente foi interpretado como uma tentativa de evitar perguntas incômodas relacionadas ao governo de Xi Jinping.

Obviamente, Lula seria questionado a respeito da China sobre violação de direitos humanos, a ameaça de invadir Taiwan, o apoio à Rússia na Guerra da Ucrânia e a recente mudança na regra da Receita para taxar ‘contrabando digital’ (nas palavras do ministro da Fazenda, Fernando Haddad) de empresas chinesas ao Brasil.

O que aconteceu é raro. Em viagem importante ao exterior, os chefes de Estado costumam aproveitar a presença da imprensa de seu País para propagar pontos positivos e, assim, ampliar o capital político e a popularidade.

Lula gosta de uma câmera e um microfone. Desta vez, evitou ao máximo o que poderia se tornar uma exposição prejudicial à sua imagem.

Nos últimos dias, a comunicação do governo federal recebeu críticas de comentaristas da GloboNews, Jovem Pan News e CNN Brasil.

Todos enxergam trapalhadas inadmissíveis que geram confusão no público e alimentam a máquina de narrativas da oposição no Congresso e da extrema-direita na internet. “Amadorismo”, disse Clarissa Oliveira no ‘Arena CNN’.

Lula só falou com alguns jornalistas por menos de 10 minutos pouco antes de deixar Pequim
Lula só falou com alguns jornalistas por menos de 10 minutos pouco antes de deixar Pequim
Foto: Reprodução/TV
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