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Mesmo imperfeita, TV ajuda a tornar a vida mais suportável

Veículo completa hoje 67 anos no Brasil com renovado poder de influência sobre o País

18 set 2017 - 09h31
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Barão da imprensa e rei da polêmica, o empresário paraibano Assis Chateaubriand investiu uma fortuna para inaugurar a TV Tupi em São Paulo, no dia 18 de setembro de 1950.

A emissora entrou no ar com o hino ‘Canção da TV’ na voz da atriz Lolita Rodrigues, 88 anos. Era o início de um fenômeno de massa que hoje é intrínseco à rotina de milhões de brasileiros.

Renata Vasconcellos e William Bonner no estúdio do ‘Jornal Nacional'
Renata Vasconcellos e William Bonner no estúdio do ‘Jornal Nacional'
Foto: Reprodução/Facebook @jornalnacional

Ver TV passou a ser hábito na maioria das casas no País. Diante do aparelho, o telespectador ri, se emociona, vocifera, torce e, acima de tudo, é surpreendido pela transmissão da realidade e da ficção.

A televisão foi a nossa primeira grande janela para o mundo. Por meio dela, o planeta passou a entrar na sala das pessoas. Ampliou-se a consciência coletiva de quem somos e do que somos capazes.

Com imagens e sons, a TV rompeu fronteiras e encurtou distâncias, tornando-se o primeiro grande agente da globalização. A telinha nos revelou que a vida é muito maior e mais diversa do que a gente pensava.

Neste momento, no Brasil, a televisão exerce papel imprescindível para expor a corrupção endêmica que adoece os poderes da nação e, com sua colossal força junto à opinião pública, pressionar por mais justiça e ética.

O telejornalismo virou uma espada apontada para o pescoço de criminosos de terno e gravata, além de ecoar a denúncia das mazelas sociais de um território gigantesco e desigual.

Por outro lado, o veículo funciona como válvula de escape para amenizar as aflições do cotidiano.

Novelas, reality shows e outros formatos de entretenimento nos anestesiam por algumas horas. Pura alienação, alegam alguns pensadores.

“As pessoas ligam a TV quando querem desligar o cérebro”, disse o fundador da Apple Steve Jobs, com generosa dose de sarcasmo.

E assim, amada e desprezada, a televisão brasileira segue majestosa, ainda que a internet, com sua imensidão de conteúdo, tenha se tornado ameaça constante para o seu domínio.

“Não faço profecias, anuncio fatos à vista”, dizia o pai da TV no Brasil, Assis Chateaubriand.

O que se vê, a médio prazo, é o brasileiro ainda muito apaixonado por essa utópica criação chamada televisão.

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