"Algumas cresceram, outras caíram", diz jurado do Miss Brasil
- Arituza Timbó
- Direto do Ceará
Na tarde desta segunda-feira (24), as 27 candidatas ao título de Miss Brasil 2012 enfrentaram uma prova de fogo. Além de terem seus comportamentos avaliados pelo júri técnico durante uma visita a escola de dança e integração social Edisca, algumas misses responderam, de surpresa, algumas perguntas dos jurados. "As que se apresentaram hoje são aquelas que tínhamos dúvidas. Algumas cresceram, outros caíram um pouco em nosso conceito. Vamos ouvir e vê-las mais para sentir quem merece representar nosso país no Miss Universo", adiantou o jornalista e colunista social, Pompeu Vasconcelos.
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Pompeu não foi o único que mudou de opinião quanto à classificação das moças. Para a consultora de moda Milena Lima o dia de hoje foi fundamental na sua escolha. "Tenho uma ideia do panorama geral, mas amanhã (dia em que elas desfilarão vestidas de noivas )será a prova dos nove", disse.
A stylist Lara Gerin disse que hoje pôde ter noção de quem realmente sabe falar em público. "Desde ontem fizemos uma escolha. Porém hoje foi fundamental para vermos quem realmente tem palavra forte mediante às coisas que elas irão enfrentar. Amanhã será crucial. Ainda temos que observar bastante", afirmou.
O booker da agência Joy, Jocler Turmina, se emocionou bastante ao falar com as misses. "Por mais cafona que eu pareça para vocês, acho que a Miss Brasil, além de linda, tem que ser uma heroína. O Brasil precisa de uma mulher linda, que abra as portas por sua beleza, mas que fale por nós", declarou.
Segundo o jurado, uma miss tem força política e, essa força, ela deve exercer. "A miss é de dentro para fora, é um olhar que fala. É essa mulher que eu busco. Isso é utópico, mas é a verdade. Não tenho medo nenhum de falar isso", comentou.
Mas não foi só Jocler que se emocionou. A miss Goiás Herika Noleto derramou lágrimas com a apresentação das crianças. Além disso, ela foi uma das selecionadas pelo júri para falar sobre a apresentação das crianças e como agiriam em certas situações como Miss Brasil. "Tenho mais vontade de ser Miss Universo, do que Miss Brasil. Quero representar bem meu país", disse.
Além dela, a miss Distrito Federal, Tamiris Rodrigues, a miss Paraíba, Natália Oliveira e a miss Mato Grosso, Letícia Vitorina, foram chamadas pelo júri. Para a psicóloga da ONG, Madeline Abreu, a iniciativa do concurso foi muito importante paras as candidatas. "É importante que a agenda delas contemple esse tipo de programação, que mostra a realidade local de algumas crianças. Temos muito a ganhar com a presença delas aqui. Assim, como elas sairão daqui com outra visão", declarou.
A diretora da organização, Geruza Pacheco, também comemorou a presença das misses à entidade. "Espero que elas vejam e sintam o que a nossa instituição representa para essas crianças e para a cidade de Fortaleza", disse.
A rotina das meninas está cada vez mais seletiva. Além dos ensaios, elas entraram na reta final do concurso e, até o dia da cerimônia de encerramento, só 10 candidatas seguirão na competição. "Essa é a primeira parte da etapa de classificação. E hoje queremos mostrar que o papel de uma miss está além da beleza. Elas devem estar envolvidas em ações sociais", explicou a diretora do concurso, Karine Ades.
Sobre a ONG
A EDISCA é uma organização não-governamental sem fins lucrativos que há 20 anos trabalha com crianças e adolescentes de comunidades em situação de risco social em Fortaleza. A pedagogia da instituição se concentra na dança, no teatro e nas artes plásticas. Atualmente, a entidade atua com 400 crianças.
