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Morno no 1º turno, horário político ganha importância no 2º

Bolsonaro e Haddad terão o mesmo tempo na propaganda eleitoral que recomeça sexta-feira na TV

8 out 2018 - 11h32
(atualizado às 11h38)
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Dono do maior tempo no horário político no primeiro turno, Geraldo Alckmin (PSDB) ficou em quarto lugar na corrida presidencial, com menos de 5% dos votos válidos. O poder de influência da TV não funcionou para o ex-governador de SP.

Bolsonaro e Haddad, protagonistas de uma eleição que redefiniu o papel da TV
Bolsonaro e Haddad, protagonistas de uma eleição que redefiniu o papel da TV
Foto: João Cotta/TV Globo / Divulgação

Fernando Haddad (PT), com o segundo maior tempo na propaganda obrigatória, passou ao segundo turno com 29% dos votos. 

Com apenas 8 segundos por bloco televisivo, Jair Bolsonaro (PSL), que baseou sua campanha nas redes sociais, conseguiu 46%.

Criado em 1962, o horário político sempre foi a principal plataforma das campanhas à Presidência da República. A televisão permitiu aos candidatos levar seu discurso simultaneamente a brasileiros de todas as regiões.

Desta vez, a propaganda na TV perdeu relevância para a mídia digital. Mas a televisão continua a influir na eleição por meio da cobertura diária nos telejornais, das entrevistas longas com os presidenciáveis e dos debates.

Analistas políticos avaliam que o horário político voltará a ter importância com o duelo direto entre os dois candidatos, e a esperada apresentação de propostas concretas para tirar o Brasil da crise generalizada.

Agora no segundo turno, Bolsonaro e Haddad terão dois blocos diários de 10 minutos cada, exibidos de segunda a sexta, entre os dias 12 e 26. A eleição será no domingo 28.

Pesquisa divulgada no ano passado pela Secretaria de Comunicação Social do governo revelou que quase 90% dos brasileiros usam a TV para se informar a respeito do que acontece no País – 63% deles afirmam que o veículo é sua principal fonte de informação. Mais de 98% dos lares brasileiros possuem um aparelho de TV

A internet tem menor abrangência. De acordo com estudo do instituto We Are Social, dos 210 milhões de habitantes, 66% (cerca de 140 milhões) são usuários da rede. Ou seja, a TV perdeu a hegemonia, mas ainda é valiosa a quem pretende se eleger presidente do Brasil.

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