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Mulheres inspiradoras choram e se divertem na transmissão brasileira do Oscar 

Filmes levaram a apresentadora, a repórter e as comentaristas a fazer declarações interessantes

10 mar 2024 - 23h36
(atualizado às 23h40)
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A transmissão brasileira da 96ª edição do Oscar, no canal pago TNT e na plataforma de streaming Max, se revelou tão interessante quanto a própria cerimônia do maior prêmio norte-americano do cinema. A apresentadora Ana Furtado e as comentaristas Aline Diniz e Andréia Horta se permitiram a emoção em vários momentos. 

Ressaltaram questões relevantes suscitadas por filmes e artistas indicados/premiados, como a equidade de gênero, a opressão contra as mulheres e o combate ao racismo. 

A comédia sobre a boneca mais famosa do planeta inspirou uma revelação de Aline. “Fui Barbie algumas vezes”, afirmou, referindo-se ao esforço feminino para se impôr em um universo às vezes tão machista e misógino. Mais tarde, a jornalista ficou ofegante pela empolgação com a performance sexy de Ryan Gosling cantando ‘I’m Ken’. 

Andréia disse uma das melhores frases da noite ao destacar a liberdade proporcionada pela arte. “Tem verdades que só digo através das personagens.”  

Uma falha técnica impediu a exibição do início do discurso da primeira ganhadora da noite, Da’Vine Joy Randolph, por ‘Os Rejeitados’, a décima segunda mulher negra a ganhar uma estatueta por atuação. 

As palavras sobre superação da pobreza e do racismo e a conquista da autoestima levaram alguns atores na plateia e o trio da TNT a se emocionar. O problema no sinal se estendeu a outro momento. 

Direto do tapete vermelho em Los Angeles, Carol Ribeiro festejou o décimo ano na função de repórter no evento. Como aconteceu em outras edições, houve dificuldade em conseguir entrevistar as grandes estrelas, que dão preferência às TVs dos Estados Unidos. Já artistas menos famosos se mostram acessíveis às equipes latinas. 

O ponto alto foi o papo com a alemã Sandra Hüller, de ‘Anatomia de uma Queda’. Falaram a respeito das expectativas e julgamentos em relação às mulheres. “Uma mulher pode ser boa mãe e um pouco seca”, disse a atriz, referindo-se à complexa personagem que interpreta no longa dramático. 

A única surpresa da premiação foi o Oscar a Emma Stone por ‘Pobres Criaturas’, no qual vive Bella Baxter, uma mulher com cérebro de bebê e totalmente sem filtro. Incrédula com a vitória, a atriz ficou desconfortável ao subir ao palco em razão do defeito na costura das costas de seu vestido da marca francesa Louis Vuitton. 

O pré-show no canal E! Entertainment mostrou a chegada de convidados. Ao vivo à espera das celebridades, os narradores se arriscaram em comentários sobre os filmes. Alguns soam engraçados, como o feito em relação à complexidade de ‘Oppenheimer’. “É pesado, mas é leve.” 

Verborrágico e burocrático, o host Jimmy Kimmel lançou uma boa piada sobre broderagem ao elogiar o astro que viveu o namorado em ‘Barbie’. “Ryan, você é tão bonito. A gente precisa sair para acompanhar sem nossas esposas saberem.”

Ana Furtado, Carol Ribeiro e Aline Diniz na transmissão do Oscar pelo TNT e Max
Ana Furtado, Carol Ribeiro e Aline Diniz na transmissão do Oscar pelo TNT e Max
Foto: Reproduções
O trio no estúdio brasileiro: mulheres talentosas conectadas com as pautas relevantes lançadas à discussão pelo cinema
O trio no estúdio brasileiro: mulheres talentosas conectadas com as pautas relevantes lançadas à discussão pelo cinema
Foto: Reprodução
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