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Carla Marins usa da psicanálise para viver mãe em 'Malhação'

18 jan 2013 - 11h06
(atualizado às 11h32)
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Experimentar a maternidade trouxe várias mudanças à carreira de Carla Marins. Mas a principal delas talvez seja a forma como a atriz explora essa característica em suas personagens. Prova disso é que fez questão de contar com o auxílio da psicanálise assim que foi escalada para viver a retraída Alice de Malhação, da TV Globo. Isso porque, embora seja mãe de uma criança, ela assume que, sem essa ajuda, talvez fosse mais complicado encontrar a profundidade que os conflitos que envolvem a tradutora e o filho, o mocinho Dinho, papel de Guilherme Prates, exigem. "É um universo muito distante do meu. Precisava achar outra pegada e esse seria o melhor caminho. Não cabe em qualquer personagem, mas ali eu senti que funcionaria bem", justifica.

"Não cheguei a tentar engordar, mas deixei de estar obcecada com isso", disse Carla Marins sobre composição de Alice, de 'Malhação'
"Não cheguei a tentar engordar, mas deixei de estar obcecada com isso", disse Carla Marins sobre composição de Alice, de 'Malhação'
Foto: Luiza Dantas/Carta Z Notícias / TV Press

Outro detalhe que ajudou Carla na hora de construir Alice foi a caracterização. Seu último trabalho na televisão foi a dissimulada Amanda, participação especial em Morde & Assopra e acabou estendida até os últimos capítulos da novela. Naquela época, vivia uma vilã que se aproveitava da boa forma física. Mas agora, na pele de uma dona de casa e mãe, Carla preferiu relaxar e, assim, ganhar um corpo que se aproxima mais da realidade de Alice. "Não cheguei a tentar engordar, mas deixei de estar obcecada com isso. Também parei de pegar sol e escureci o cabelo", explica.

Na história, Alice é uma quarentona que, depois da separação, passou muitos anos sem se relacionar com ninguém. Com isso, se dedicou demais apenas ao filho e ao trabalho de tradutora, exercido em sua própria casa. A situação só começa a mudar depois que o garoto engata um namoro e, ironicamente, ela reata com o ex-marido. Com direito até a uma gravidez não planejada. "É legal esse espaço maior que estão dando para personagens adultos. Muita gente acha que Malhação é feita para jovens e crianças, mas pesquisas mostram que mães e avós são 60% do público que assiste", valoriza.

Hoje com 44 anos, Carla sempre aparentou menos idade. Por isso, só experimentou atuar como mãe de um adolescente em Pé na Jaca, aos 38 anos, quando viveu a sonhadora Dorinha. E essa maturidade cênica parece ter motivado a atriz a marcar presença em novos trabalhos na televisão. Antes, passou cinco anos fazendo aparições rápidas em pequenas participações e se dedicando aos palcos e ao curso de Teoria do Teatro, que ainda pretende finalizar na UniRio. Mas, depois do retorno na trama de Carlos Lombardi – sua última novela tinha sido Porto dos Milagres, em 2001 –, já atuou no seriado Faça a Sua História e na novela Morde & Assopra, na TV Globo, e também em Uma Rosa Com Amor, que protagonizou no SBT, em 2009. "É difícil fazer televisão direto. Novela é um compromisso longo demais e o ator precisa, em algum momento, parar e se 'limpar' dos resquícios de outros personagens. O teatro me ajuda muito nisso e a faculdade também", explica. 

Viagem ao passado

Trabalhar ao lado de muitos jovens faz com que Carla se lembre de uma fase importante de sua carreira. Junto com Regina Duarte, ela protagonizou História de Amor, novela de Manoel Carlos que abordava a difícil relação entre a mãe Helena e sua filha, Joyce. Na trama, a adolescente rebelde engravidava do namorado aos 17 anos e, com isso, mudava a vida de todos na família. Sendo que, na época, Carla tinha 10 anos a mais que sua personagem. "A maior preocupação era tornar aquilo possível. Então, decidi engordar um pouco e optamos por um corte de cabelo curto e bem cacheado. Dava um ar mais juvenil", recorda.

Curiosamente, a atriz começou a gravar suas cenas na mesma época em que Malhação estreava na Globo, em 1995. E Carla acredita que, de lá para cá, as dificuldades de relacionamento entre pais e filhos aumentaram. Com isso, se tornaram mais ricas na teledramaturgia. "Ter autoridade sobre um adolescente é ainda mais complicado atualmente. E acho um assunto muito sério falar sobre essa falta de limites que a gente vê. Ainda mais agora, que também sou mãe. É bem diferente explorar isso em cena quando você começa a viver um pouco daquela realidade", avalia.  

Fonte: TV Press
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