"Quase caí dura no chão", diz atriz sobre papel em 'Flor do Caribe'
Tem vezes que a tranquilidade e a paciência de um ator são colocadas à prova. Carol Magno viveu isso quando fez teste para integrar o elenco de Flor do Caribe. Foram quatro meses de espera pela resposta – positiva no final das contas. Para lidar com a ansiedade, ela, que chegou a acreditar que não havia passado, resolveu parar de pensar no assunto. E, quando soube que interpretaria a dançarina Vitória, demorou a acreditar.
"Quase caí dura no chão. Olhava o e-mail da produtora de elenco toda hora, para ver se não tinha lido errado", diverte-se a atriz de 25 anos. Na trama de Walther Negrão, Vitória trabalha como garçonete e dançarina do bar de Cassiano, protagonista de Henri Castelli. Antes das cenas de dança, Carol ensaia a coreografia no Projac – complexo de estúdios da Globo. Mas ela já se interessava pelos ritmos caribenhos explorados na trama.
E aprendeu a dançar salsa na época em que morou na Venezuela e no México, quando trabalhava como modelo. Mesmo assim, Carol fez mais aulas de dança quando soube que encarnaria Vitória. "Foi fácil porque eu já tinha noção de como era", assegura. Esta é a primeira novela de Carol no Brasil. Mas é a segunda de seu currículo. A estreia em folhetins com uma personagem fixa aconteceu na Turquia.
Ela, que já morou em países como China, Tailândia, Singapura e Malásia por conta da carreira no mundo da moda, foi para lá trabalhar como modelo em 2007. Mas resolveu fazer um teste para uma participação em uma novela turca e passou. "Fiz a participação, mas gostaram tanto que eu acabei ficando na novela", recorda. A experiência foi fundamental para que Carol decidisse investir na interpretação.
Quando voltou ao Brasil, tirou o DRT – registro profissional de ator –, continuou estudando – ela já havia feito alguns cursos livres de teatro quando mais nova – e se cadastrou na Globo. "Comecei a fazer participações e cada vez que eu entrava no estúdio, pensava: 'é isso que eu quero para a minha vida'", ressalta ela, que participou de Pé na Jaca, Paraíso Tropical e A Favorita. Acostumada a viajar pelo mundo desde os 17 anos como modelo, Carol tem planos de investir em uma carreira internacional de atriz.
Um grande desejo é ir para Los Angeles, nos Estados Unidos, estudar, além de fazer cinema. Enquanto está comprometida com Flor do Caribe, ela tem pesquisado sobre o que é preciso fazer para conseguir uma oportunidade por lá. E sabe que não é um processo tão simples porque, além da seleção por foto, é preciso estar presente para ser submetida a um teste de interpretação. "Quando terminar a novela, vou ver o que vai acontecer. Mas eu não ficaria desesperada se nada acontecesse aqui", pondera ela, que considera Miami como um mercado de trabalho promissor. "Dá para fazer novela latina. Eu falo espanhol e inglês fluentemente, acho que isso ajuda muito. O mercado é muito mais amplo do que só aqui", constata.