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Globo investiu milhões em novela para tentar atrair fãs de séries medievais há sete anos

Trama da Globo inspirada no sucesso de séries medievais teve alto investimento e passou por mudanças para não dar prejuízos à emissora

9 jan 2025 - 10h48
(atualizado às 12h41)
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Bruna Marquezine se destacou como Catarina após mudança na interpretação
Bruna Marquezine se destacou como Catarina após mudança na interpretação
Foto: Reprodução/Globo / Contigo

Em 9 de janeiro de 2018, há sete anos, a Globo estreava Deus Salve o Rei, novela de Daniel Adjafre inspirada nos sucessos de séries medievais como Game of Thrones e Vikings. Para atingir e tentar atrair o público das obras internacionais, a emissora investiu milhões na novela e entregou uma produção repleta de técnicas e recursos inovadores.

Técnicas e alto investimento

Deus Salve o Rei foi um projeto ambicioso, carregando a expectativa de conquistar o público jovem atraído pelas superproduções medievais estrangeiras. A Globo apostou alto em computação gráfica e efeitos especiais, além de cenários e figurinos que rivalizavam com produções internacionais.

Como aponta o jornalista Nilson Xavier, do Teledramaturgia, Daniel Adjafre, estreando como autor principal, abandonou o tom cômico típico do horário das 19h e trouxe uma narrativa sombria e épica. A ideia, segundo Xavier, era atingir uma nova audiência e usar o apelo de estrelas como Bruna Marquezine (Catarina), Marina Ruy Barbosa (Amália) e Tatá Werneck (Lucrécia), que somavam quase 80 milhões de seguidores no Instagram na época.

Mudanças para evitar fracasso

Logo no início, relembra o Teledramaturgia, a novela enfrentou críticas. Bruna Marquezine, como a princesa Catarina, foi alvo de comentários negativos por sua interpretação "robótica". A escolha foi resultado de uma direção artística que buscava teatralidade, mas rapidamente a atriz ajustou o tom, tornando Catarina uma das personagens mais marcantes da trama.

Outros atores também sofreram com a abordagem exagerada: Marco Nanini (Augusto) teve falas e gestos considerados solenes demais; Caio Blat (Cássio) deixou a produção; e Rômulo Estrela (Afonso) permaneceu com sua interpretação quase sempre sussurrada. Marina Ruy Barbosa, por outro lado, destacou-se com uma personagem mais acessível e natural.

A narrativa, para o jornalista especializado em TV, apresentou desafios desde o início: a premissa central — um rei justo que abandona seu reino por amor — foi considerada frágil e pouco convincente. Com a trama patinando e a audiência em queda, a Globo trouxe Ricardo Linhares para colaborar com o roteiro.

Os ajustes incluíram a remoção de personagens, mudanças no tom da história e a introdução de novos elementos. Alexandre Borges (Otávio) foi escalado como um novo vilão, enquanto Catarina passou por uma humanização. A trama ganhou ritmo, e a audiência começou a reagir positivamente.

Apesar dos problemas iniciais, Deus Salve o Rei não foi um fracasso. A novela terminou com média de 25,5 pontos no Ibope da Grande São Paulo, inferior às produções anteriores, mas dentro das expectativas da emissora.

Confira teaser da novela:

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