"Achava que não conseguiria", diz atriz de Guerra dos Sexos
5 jan
2013
- 08h22
(atualizado às 08h29)
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Planejar a vida é algo que Raquel Bertani jura deixar de lado. Mas a espevitada Analú de Guerra dos Sexos acreditava que o caminho a trilhar na carreira seria mais longo antes de sua estreia na TV. Isso porque já no terceiro teste que fez e sem nunca ter trabalhado profissionalmente como atriz, conseguiu o papel no "remake" de Silvio de Abreu. E, principalmente, porque era para atuar em um gênero que, até então, parecia mesmo não ser o seu forte. "Sou dramática, tenho mais facilidade para isso e também me comporto de um jeito muito sério. Estrear em uma comédia me traz certa autoconfiança porque não sabia que poderia fazer, mas hoje vejo que sou capaz", valoriza.
Nascida em Jundiaí, no interior de São Paulo, Raquel assume que um fator a deixou mais tranquila na hora de encarar suas primeiras cenas na novela. Por ter sido a primeira pessoa do elenco a gravar, no início de julho, obviamente teve menos tempo para se preparar, principalmente no que diz respeito ao sotaque. Por isso, aproveitou bastante as orientações da "coach" Andréa Cavalcanti e, é claro, o fato de a história se passar em São Paulo. "Eu seguro a onda, mas dá uma tranquilidade não ser uma novela do Rio de Janeiro. Se fosse de época, então, talvez eu ficasse bem preocupada. Mas pretendo fazer um acompanhamento, com o tempo, para neutralizar isso", explica.
A oportunidade de fazer o teste para interpretar Analú veio por acaso. Raquel já estudava Teatro na Escola Superior de Artes Célia Helena, em São Paulo. E também já tinha feito um cadastro como aspirante à atriz na Globo. Até que sua agente recebeu um pedido da emissora para avaliar outra mulher que, segundo eles, teria o perfil da personagem. Na hora de enviar os dados, resolveram mandar os de Raquel junto. "Gostaram e fiz dois testes. O primeiro, ainda em São Paulo. Depois, tive de vir ao Rio para um novo, desta vez com o Johnny Massaro", lembra ela, que divide muitas de suas cenas com Johnny, que vive o problemático Kiko no folhetim.
Raquel começou a trabalhar aos 13 anos, como modelo. Antes de completar 15, se mudou para São Paulo, onde passou a morar com uma prima mais velha para, assim, se dividir entre os estudos e as campanhas. Mas, apesar de gostar de modelar, sempre investiu em outras áreas. Assim que terminou o colégio, queria fazer Direito. Só que a oportunidade de apresentar programas sobre cinema e música na emissora de TV a cabo PlayTV acabou abrindo espaço para que a loura se entusiasmasse em prestar vestibular para Jornalismo. "Eu pensava em tentar seguir carreira nessa área de entretenimento, mas também passava pela minha cabeça apostar em telejornalismo. A verdade é que eu sempre preferi seguir as oportunidades que apareciam", avalia.
Agora, em sua primeira novela, Raquel ainda não sabe se deve se mudar de vez para o Rio de Janeiro depois que Guerra dos Sexos acabar. Como ainda faz trabalhos como modelo e a maioria das oportunidades que surge nessa área é em São Paulo, ela acredita que se dividirá um pouco daqui para frente. Mas entrega que, se puder, não pretende deixar de investir na carreira de atriz. "A minha prioridade é atuar. Há muitas coisas que quero fazer. Gostaria de experimentar o cinema e também um musical. Mas, para isso, sei que precisaria de aulas de canto. Pretendo começá-las em breve", avisa.
Fonte: TV Press