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"Brutalidade", diz atriz global sobre campos de concentração

25 mar 2014 - 19h00
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Ana Cecília Costa interpreta a personagem Gaia na novela 'Joia Rara'
Foto: Jorge Rodrigues Jorge/Carta Z Notícias / Divulgação

A versatilidade de Ana Cecília Costa foi colocada à prova em Joia Rara. No ar como Gaia, a atriz precisou desenvolver e compor fases completamente diversas da personagem. No começo da trama, tratava-se de uma mulher alegre, que abusava dos tons vibrantes no figurino.

"No primeiro instante, quis dar um ar de cigana com flores coloridas no cabelo", relembra. No entanto, ela sabia que, em determinado momento, Gaia seria enviada a um campo de concentração por ser uma fervorosa operária comunista do século 20. Por isso, se desprender de qualquer vaidade foi fundamental para Ana Cecília compreender o tom certo do papel.

"O contexto da guerra tinha de falar mais alto no momento. A pegada era de uma mulher sofrida como um animal abatido ", opina.

Natural de Jequié, na Bahia, a atriz reencontra o texto de Duca Rachid e Thelma Guedes. Foi com a dupla de autoras, em Cordel Encantado, de 2011, que Ana Cecília viveu seu primeiro trabalho expressivo na TV, como a humilde Virtuosa.

"Esse papel me deu muita visibilidade em termos de público e crítica", comemora. Animada com o resultado, a atriz intensifica seus estudos na interpretação para corresponder à altura a confiança da equipe. "Estão me colocando na frente do gol e eu tenho de marcar", analisa.

TV Press – Sua personagem sofreu uma mudança abrupta após ser enviada para um campo de concentração na Europa. Como foi sua preparação para interpretar uma mulher que volta ao Brasil após o fim da Segunda Guerra Mundial ?

Ana Cecília Costa – Procurei me inserir na narrativa através de documentários extensos e livros de sobreviventes. Li sobre um psicólogo judeu que descreve todas as sensações da época. Por ser uma novela das 18h, os detalhes de condições subumanas não foram transmitidos. Sendo assim, busquei várias referências para dar uma carga dramática de sofrimento e brutalidade que a personagem passa desde a prisão na terra natal. Ainda fiquei atenta aos fatos da ditadura no Brasil para trazer para o nosso cenário. É importante questionar um assunto tão sério de mulheres torturadas e que perderam a sanidade mental.

Para se adequar ao padrão de uma mulher sofrida, você precisou mudar o visual: perdeu peso e cortou o cabelo. Em algum momento, isso mexeu com sua vaidade?

Eu me entreguei totalmente ao papel. Estou me sentindo bem com o cabelo curto e com cinco quilos a menos. Mas, no momento da transformação, não era a melhor hora para pensar nessas questões. No retorno de Gaia, precisava aparentar uma mulher abatida e sobrevivente aos maus tratos de uma guerra. O contraste entre as duas fases tinha de ser bem notório através da aparência.

Você ficou dois meses sem aparecer na trama para retratar o período em que sua personagem esteve isolada no campo de concentração. Como foi esse processo de reclusão?

Não quis ter muito contato com os colegas de trabalho para gerar um sentimento de saudade, afastamento e distância. Como são pessoas muito queridas, queria voltar para as cenas com um sentimento genuíno, como se estivesse retornando para aqueles amigos mesmo, depois de um tempo longe. O que facilitou é que não estava indo ao Projac e, como minha família não é do Rio de Janeiro, fiquei um tempo na casa deles.

Gaia marca seu segundo papel consecutivo de época. Estar inserida nesse gênero é algo que a instiga?

Novelas de época nos resgatam a um tipo de sensibilidade que não é passado somente através de livro e filme. No contexto da Gaia, o amor que ela tem por Toni (Thiago Lacerda) se encaixa para o período, onde os amores não eram tão descartáveis como os de hoje em dia. Eu procuro não julgar porque, se eu olhar através dos meus olhos, partiria para outro, já que ele não a ama mais. O que cabe a mim é interpretar a história longe de tudo e encontrar o subtexto necessário para as cenas. Eu gosto dessa viagem ao tempo, que você precisa se deslocar para um lugar totalmente fora do comum.

Como está sendo a experiência de estar no ar em duas produções simultaneamente e com personagens tão distintos em Joia Rara e A Teia?

Eu comecei as gravações de A Teia antes da novela. É um seriado contemporâneo que requer outro tipo de preparação e estudo. Não tive essa parte do universo de pesquisa até por abordar conflitos do cotidiano de todo casal moderno. Além disso, a caracterização é oposta e ainda forcei um sotaque nordestino para encarnar a professora Isabel. 

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Fonte: TV Press
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