Traficada de 'Salve Jorge' diz que papel foi inspirado em caso real
Fazer comédia requer certas técnicas. Mas, para algumas pessoas, trabalhar com o humor parece ser algo natural. Este é o caso, por exemplo, de Flávia Guedes. Atualmente no ar na pele da descontraída Salete de Salve Jorge, ela consegue deixar a personagem, que chegou a ser escravizada na Turquia, mais leve e engraçada. Convidada pela própria Gloria Perez para integrar o elenco da novela, seu papel foi inspirado em um caso real de tráfico humano.
Mas que, diferentemente da maioria, acabou com um final feliz. "Assim como a minha personagem, a mulher que inspirou a Salete também conheceu o amor da sua vida no país em que foi escravizada. Elas tiveram sorte", explica. Natural da pequena cidade de Jataí, em Goiás, Flávia se mudou para o Rio de Janeiro aos 17 anos de idade com o objetivo de estudar teatro. Assim, a atriz se formou em Artes Cênicas pela CAL – renomada escola carioca de interpretação – e, antes de estrear na TV, já se destacava nos palcos.
Foi o espetáculo O Surto, inclusive, que abriu as portas para ela na televisão. "A gente estreou O Surto em 2003 e, como a peça virou uma obra 'cult' na época, todos os produtores de TV foram assistir. Então, a partir disso, passei a ser convidada para trabalhos na TV", relembra.
Nome: Flávia Leite Guedes.
Nascimento: em 29 de maio de 1979, em Jataí, Goiás.
Primeiro trabalho na TV: "foi na minissérie Um Só Coração, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira".
Sua atuação inesquecível: "eu gosto muito da Aspásia da novela Araguaia".
Interpretação memorável: "a Adriana Esteves como Carminha, em Avenida Brasil".
Momento marcante na carreira: "quando eu fui indicada ao 13º Prêmio Contigo!, na categoria revelação".
O que falta na televisão: "acho que a TV tem de tudo, no momento não falta nada".
Com quem gostaria de contracenar: "eu gostaria muito de contracenar com Marília Pêra e Fernanda Montenegro".
Se não fosse atriz, o que seria: "infeliz, porque não sei fazer outra coisa. Se a minha carreira não der certo, vai ser complicado".
Humorista: Jim Carrey.
Novela preferida: Pedra Sobre Pedra, assinada por Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.
Cena inesquecível na TV: "quando eu contracenei com a Laura Cardoso em Araguaia, porque eu realmente perdi o controle e tive uma crise de choro".
Melhor abertura de novela: "a abertura da primeira versão de Ti-Ti-Ti com todas aquelas agulhas".
Vilão marcante: "a Carminha de Avenida Brasil".
Personagem mais difícil de compor: "fiz uma peça chamada Marat Sade, em que eu interpretava uma mulher esquizofrênica e, na época, tive de ir a hospícios para estudar a personagem".
Papel que mais teve retorno do público: "a Aspásia de Araguaia".
Melhor bordão da TV: "'e o salário, ó!', do Chico Anysio".
Melhor programa de humor: "mesmo que já tenha chegado ao fim, eu gosto muito de Friends".
Que novela gostaria que fosse reprisada: Pedra Sobre Pedra, de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.
Que papel gostaria de representar: "queria fazer a Tieta".
Par romântico inesquecível: "Potira e Jerônimo, interpretados por Dira Paes e llya São Paulo, na segunda versão da novela Irmãos Coragem".
Com quem gostaria de fazer par romântico: Vladimir Brichta.
Filme: O Silêncio dos Inocentes, dirigido por Jonathan Demme.
Autor predileto: "é sempre o do trabalho atual".
Diretor favorito: Marcos Schechtman.
Livro: "no momento eu estou lendo o Carcereiros, do Drauzio Varella".
Vexame: "eu já caí do palco, já espirrei em cena, eu também confundo muito as pessoas, pago muito mico".
Um medo: "de perder gente que eu amo".
Projeto: "no futuro, quero casar e ter filhos".