No ar em 'Sangue Bom', ator está fora fora da zona de conforto
Sérgio Malheiros é carioca da gema. Com sorriso de moleque e bom papo, sempre que pode, prestigia um samba de raiz. Por isso mesmo, o ator está fora da sua zona de conforto na pele do jovem paulista Jonas, em Sangue Bom. Acostumado ao jeito malandro e praiano de ser, surpreende o telespectador ao interpretar esse novo personagem, pois Jonas é um paulistano com sotaque bem carregado. Para encarar o papel, Sérgio teve a ajuda profissional da fonoaudióloga da Globo, Leila Mendes, e mergulhou na realidade da capital de São Paulo através da música. "Eu tenho ouvido muita música de lá, principalmente rap, porque o Jonas é um cara muito da rua", completou.
O convite para o elenco surgiu pela indicação dos diretores Carlos Araújo e Maria de Médicis, "Desde Cheias de Charme (2012), eles estavam simultaneamente na pré-produção de Sangue Bom. Falaram meu nome para o Dennis (Carvalho, diretor), que já conhecia meu trabalho de Como Uma Onda (2004)", comentou. Sobre a similaridade com o seu personagem anterior, Niltinho de Cheias de Charme, Sérgio é categórico, "Jonas é totalmente diferente". Para o ator, Niltinho era um artista plástico, diferente de Jonas, que integra o universo da "Urban Art" apenas para se expressar de alguma forma. "Niltinho pintava, desenhava, fazia tela. No caso de Jonas, ele é um cara que faz intervenções urbanas dentro do seu próprio cenário. No decorrer da história, ele nem vai seguir por esse caminho", argumentou.
Nome: Sérgio Santiago Victoriano Santos Malheiros.
Nascimento: em 13 de março de 1993, na cidade do Rio de Janeiro.
O primeiro trabalho na TV: "foi em Samba, Pagode e Cia (1998), um programa das tardes de sábado da Globo".
Interpretação memorável: "Orson Welles, no filme Cidadão Kane (1941)".
Atuação inesquecível: "uma cena que fiz com José Wilker no filme O Maior Amor do Mundo. E com o personagem Bento, do filme Os Aspirantes".
Momento marcante na carreira: "a novela Da Cor do Pecado (2004)".
A que gosta de assistir na TV: "filmes. Tento assistir a um pouco das novelas para saber o que está acontecendo".
A que nunca assiste: "programas de vendas".
O que falta na TV: "séries brasileiras. Importamos muitas séries. A gente tem capacidade para produzir isso".
O que sobra na TV: "programas sensacionalistas".
Ator: Javier Bardem.
Atriz: Meryl Streep.
Se não fosse ator, o que seria: "seria muito infeliz".
Vilão: "com certeza, a Carminha", personagem de Adriana Esteves em Avenida Brasil (2012).
Melhor bordão da TV: "e o salário, ó!", do Professor Raimundo, interpretado por Chico Anysio na Escolinha do Professor Raimundo.
Novela que gostaria que fosse reprisada: Avenida Brasil, de João Emanuel Carneiro, exibida pela Globo em 2012.
Com quem gostaria de fazer par romântico: "Bruna Marquezine. Acho ela uma das melhores atrizes da minha geração".
Cinema: "gosto de assistir a tudo, acho que toda obra merece ser assistida".
Livro de cabeceira: Kafka à Beira Mar, de Haruki Murakami.
Mania: "dormir tarde".
Autor: João Emanuel Carneiro.
Medo: "eu pego onda e tenho muito medo de tubarão, quando sinto alguma coisa se mexendo no mar, eu saio correndo".
Projeto: "nesse momento, só o filme Os Aspirantes, de Ives Rosenfeld, que vai estrear ano que vem. Como é um filme que fala sobre futebol, a estreia no ano da Copa é mais propícia".
Sangue Bom – Globo, de segunda a sábado, às 19h30.