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'Sangue Bom' chega ao fim e Fernanda Vasconcellos avalia Malu: "heroína"

1 nov 2013 - 15h06
(atualizado às 15h38)
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<p>Fernanda Vasconcellos vive Malu, uma das protagonista de 'Sangue Bom'</p>
Fernanda Vasconcellos vive Malu, uma das protagonista de 'Sangue Bom'
Foto: Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Fernanda Vasconcellos garante que Sangue Bom é um trabalho que ficará marcado em sua memória. É claro que o posto de mocinha da história de Vincent Villari e Maria Adelaide Amaral conta para isso. Mas, segundo a atriz, o feedback que recebeu do público foi especial, com uma abordagem diferente das outras vezes em que encabeçou o elenco principal de uma novela.

"Muitas pessoas me param para falar sobre minha personagem e sua torcida. Rolou um encantamento por conta da força e também da bondade dela. Malu teve um quê de heroína que me instigou", explica a atriz, que já protagonizou Malhação, Desejo Proibido, Tempos Modernos e A Vida da Gente, todas na TV Globo.

Além da questão artística, Fernanda valoriza as mudanças ocorridas em sua forma de agir e pensar a partir desta novela. Para interpretar uma jovem engajada em projetos sociais, a paulistana decidiu visitar algumas instituições que realizam ações nessa linha. Ela até já tinha participado de uma ou outra atividade, mas na condição de atriz.

Para se sentir segura na pele de Malu, Fernanda fez questão de, por conta própria, pesquisar, ligar e agendar visitas nos locais que pareciam ter semelhanças com os ideais da personagem. Escolheu a Associação de Apoio à Criança com Câncer (AACC), fundada por um casal que perdeu um filho com leucemia, e a Associação Educacional e Assistencial Casa do Zezinho, espaço de oportunidades de desenvolvimento para crianças e jovens de baixa renda, ambas na capital paulista.

"Fiz questão de ir atrás de gente que está ali por amor, por querer olhar para o outro mesmo. Não são lugares que vivem de iniciativas de governo", valoriza.

Fernanda Vasconcellos
Fernanda Vasconcellos
Foto: Luiza Dantas/Carta Z Notícias

Outro ponto que Fernanda considera fundamental na criação de Malu foi a ajuda da psicanalista Kátia Achcar e da preparadora corporal Helena Varvaki. Desde que viveu a tenista Ana, de A Vida da Gente, a atriz começou a adotar a psicanálise em seu processo de construção de personagens. E também decidiu investir a fundo na leitura de textos que pudessem prepará-la para o trabalho, principalmente os voltados para a pedagogia e psicologia.

"O Paulo Freire, por exemplo, tem muito a ver com esse universo. Aprendo com todos os meus papéis, mas essa novela me trouxe uma bagagem não só profissional, mas pessoal muito forte", encanta-se.

O mesmo olhar doce e jeito suave de falar são usados quando Fernanda analisa sua passagem pela TV até agora. Nesses oito anos de novelas, todas as vezes foi escalada para papéis de mulheres de caráter firme e românticas. Uma característica que, jura, não a incomoda. Primeiro, porque encarnar uma mocinha não é tarefa que as equipes confiam a qualquer atriz. Mas principalmente porque acredita que, aos 29 anos, ainda está no início de uma longa carreira que pretende trilhar.

"Quero ser instigada o tempo todo. Até agora, foi no posto de mocinha. Mas acharia interessante fazer uma vilã", avisa.

Pressa é o que menos aparece no discurso de Fernanda. Com o fim de Sangue Bom, ela pretende descansar e analisar, com calma, as possibilidades de trabalho que aparecerem dentro e fora da TV. Sobre o fato de ter dividido o posto de protagonista neste trabalho com outros cinco colegas – Marco Pigossi, Sophie Charlotte, Jayme Matarazzo, Isabelle Drummond e Humberto Carrão –, a atriz não vê tanta diferença assim dos outros folhetins que fez em papéis principais.

"Ninguém faz sucesso ou fracassa sozinho em uma novela, é sempre um trabalho de grupo. Mesmo quando não se assume, todas as novelas de hoje têm mais protagonistas", analisa.

Sempre por cima

A estreia de Fernanda Vasconcellos nos folhetins já se deu no posto de protagonista. Aos 19 anos, ela foi aprovada nos testes e escalada para viver a romântica Betina, da 12ª temporada de Malhação, em 2005, fazendo par com o então quase estreante Thiago Rodrigues. Para assumir o papel, a atriz deixou São Paulo e se mudou para o Rio.

"Foi o momento em que me senti mais frágil, vulnerável. Eu era bem novinha, inexperiente e vim sozinha", recorda. No final, deu tudo tão certo que a dupla de atores já saiu do projeto escalada para repetir o par romântico nos primeiros capítulos de Páginas da Vida. Na trama, Fernanda vivia uma jovem que engravidava de gêmeos do namorado durante um intercâmbio em Amsterdã e, no capítulo 23, morria no parto após ser atropelada.

Atuar em Sangue Bom, aliás, fez a atriz relembrar o período em que sua vida não estava interligada com as novelas. É que a trama se passa em São Paulo, na Casa Verde. E Fernanda foi criada na região da Vila Guilherme, bem próxima ao local. "Gravei praticamente em casa e isso foi uma delícia. Um charme a mais em um papel que me faz tão bem", derrete-se ela, que já tem sua vida estruturada no Rio de Janeiro.

Instantâneas

# O primeiro contato de Fernanda Vasconcellos com o texto de Maria Adelaide Amaral foi quando atuou na peça Vidas Divididas

# Fernanda começou a trabalhar na adolescência, como modelo em comerciais de TV

# Quando foi aprovada nos testes para Malhação, Fernanda cursava o quarto período de Direito em São Paulo

# Thiago Rodrigues já foi o par romântico de Fernanda Vasconcellos em três novelas. Além de Malhação e Páginas da Vida, ambos atuaram como casal em Tempos Modernos

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Fonte: TV Press
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