Ô louco, meu! Faustão cresce 12% no Ibope e ganha mais poder
Competições de talento com artistas ajudam apresentador a espantar crise de anos atrás
Fausto Silva fecha 2017 com boa notícia: o ‘Domingão’ aumentou em dois pontos a audiência média em relação ao ano passado, de 17 para 19 pontos. Uma recuperação importante para um programa que já viveu fases de decadência.
Disputas como o ‘Show dos Famosos’ e a ‘Dança dos Famosos’ ajudaram a atração a marcar até 25 pontos e se manter com folga na liderança do ranking.
Na concorrência não há nenhuma ameaça a Faustão – tampouco um sucessor na fila de espera.
Aos 67 anos, o apresentador é o que tem salário mais alto (rendimentos mensais de até 5 milhões de reais) e maior autonomia de trabalho na Globo.
Cogitava-se Luciano Huck ou Rodrigo Faro para eventualmente ocupar o posto de principal estrela dos domingos globais.
Mas, por enquanto, nenhum dos dois demonstra potencial para se igualar a Fausto Silva em popularidade e numa característica bastante valorizada na Globo: negociar verbas milionárias pessoalmente.
Faustão fecha os patrocínios de seu programa em almoços e jantares, no Brasil e no exterior. Fala diretamente com os presidentes das empresas e os donos das grandes agências de publicidade.
Possui tanto poder que se dá o direito de, diante das câmeras, criticar um parceiro comercial que demorou tempo demais para entregar um prêmio distribuído no ‘Domingão’. Que outro apresentador pode ser tão ousado?
Em 2018, a equipe de Faustão terá um desafio: destacar-se em ano de Copa do Mundo e eleição presidencial. Além disso, vai começar a preparar as comemorações dos 30 anos do programa, no ar desde março de 1989.
Criticado por ser verborrágico e às vezes ríspido, e também por exagerar nos elogios às celebridades que surgem em seu palco, Fausto Silva faz sucesso por falar a linguagem do povo e ajudar milhões de brasileiros a suportar o marasmo do domingo.
Por enquanto, ele ainda é necessário e insubstituível.