Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

'Olhos que Condenam': protagonistas relatam dor e redenção

Série da Netflix conta a história de cinco homens condenados incorretamente pelo estupro de uma mulher que corria no Central Park

10 jun 2019 - 11h56
(atualizado às 12h41)
Compartilhar
Exibir comentários

Os cinco homens condenados incorretamente pelo estupro de uma mulher que corria no Central Park, em Nova York, em 1989, disseram no domingo que uma nova série da Netflix sobre o caso reviveu a dor do julgamento, mas também trouxe um senso de redenção.

Raymond Santana, Kevin Richardson e Yusef Salaam concedem entrevista coletiva em Nova York
27/06/2014
REUTERS/Carlo Allegri
Raymond Santana, Kevin Richardson e Yusef Salaam concedem entrevista coletiva em Nova York 27/06/2014 REUTERS/Carlo Allegri
Foto: Reuters

Em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, os homens disseram que estavam gratos pela humanização feita ao longo dos quatro episódios do drama Olhos que Condenam e pelo uso da história para chamar atenção a injustiças.

"É agridoce", disse um deles, Kevin Richardson, ao lado dos outros quatro. "Ver isso é doloroso, mas é necessário. Isso precisa ser visto."

Os cinco homens — Richardson, Yusef Salaam, Antron McCray, Raymond Santana e Korey Wise — tinham entre 14 e 16 anos à época do estupro e confessaram após extensos interrogatórios policiais. A vítima era branca e os réus, negros ou hispânicos.

Posteriormente, cada um deles admitiu que a confissão fora feita sob coerção de policiais, mas mesmo assim todos foram condenados e cumpriram penas de 6 a 13 anos de prisão.

A condenação foi revertida, em 2002, após outro homem confessar o crime e testes de DNA confirmarem a culpa dele.

"Isso trouxe muita dor de volta", disse McCray sobre a série. "Eu achei que houvesse acabado".

McCray, que começou a chorar durante a conversa, disse que não sentia nenhum senso de redenção e ainda sofria do trauma de ser falsamente acusado e encarcerado.

"Até hoje, estou afetado. Preciso de ajuda. Eu sei disso", disse McCray, acrescentando que rejeitou o pedido de sua esposa para que ele fosse à terapia. "O sistema quebrou muitas coisas que não podem ser consertadas."

Questionado se havia perdoado seu pai, que o incitou a confessar o crime, McCray afirmou: "Eu o odeio. Minha vida está arruinada".

Parte da campanha da Netflix para concorrer ao Emmy, a entrevista foi gravada e será exibida na Netflix e no canal a cabo de Winfrey, o OWN, na quarta-feira.

Veja também:

'Tinha 8 anos quando meu pai me estuprou e 11 quando ele me jogou na prostituição':
Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade