Otávio Augusto completa 80 anos com carreira premiada em festival internacional
Aniversariante do dia, o ator Otávio Augusto tem vasta carreira na televisão, teatro, cinema e já foi premiado em festival internacional
Nesta quinta-feira, 30 de janeiro, o ator Otávio Augusto completa 80 anos. Nascido no interior de São Paulo, o intérprete começou no meio artístico com radionovelas e hoje tem carreira premiada em festival internacional. Relembre a trajetória e trabalhos marcantes do artista presente em sucessos da Globo.
Início da carreira
A estreia de Otávio Augusto foi ainda na adolescência, na radionovela O Herói do Sertão, onde interpretou o personagem Jerônimo. Na mesma área, trabalhou na Rádio Record ao lado do sambista Adoniran Barbosa (1910-1982) no programa História das Malocas.
A partir de 1966, dedicou-se ao teatro e integrou o renomado Teatro Oficina, sob direção de José Celso Martinez Corrêa (1937-2023). Atuou em peças como Galileu Galilei, de Bertolt Brecht, e Hamlet, de William Shakespeare, dirigido por Flávio Rangel (1934-1988). Essa experiência consolidou seu talento e abriu portas para a televisão e o cinema.
A estreia de Otávio Augusto na televisão viria em 1965, na novela Turbilhão, da TV Record. Nas décadas seguintes, ele se tornou presença constante na teledramaturgia brasileira, participando de sucessos como Selva de Pedra (1986), Roque Santeiro (1985), Fera Ferida (1993) e Paraíso Tropical (2007). Entre 2011 e 2014, também fez participações especiais na série A Grande Família.
Paralelamente à TV, construiu uma sólida carreira no cinema. Sua estreia nas telonas foi em A Guerra dos Pelados (1970), seguindo-se atuações em filmes marcantes como Vai Trabalhar, Vagabundo! (1973) e Central do Brasil (1998). O ator conquistou diversos prêmios ao longo da carreira, incluindo o prestigiado Kikito de Ouro do Festival de Gramado por Noite (1985) e Anjos do Sol (2006).
Reconhecimento internacional
O talento do intérprete também foi reconhecido fora do Brasil: em 1977, ele recebeu o prêmio de Melhor Ator no Festival Internacional de Cinema de Toronto por sua atuação no filme Mar de Rosas, no qual contracenou com Norma Bengell (1935-2013).
O reconhecimento consolidou sua posição como um dos mais versáteis e respeitados atores brasileiros. Além desse destaque internacional, acumulou outras premiações, como o Prêmio Shell de Melhor Ator pela peça A Dama do Cerrado (1997) e troféus da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) por seu trabalho no teatro e no cinema.
Pai de Manuela e Mariana, o ator já foi casado com a atriz Beth Pinho Souza, com quem teve as filhas, e desde 1986 é casado com a também atriz Cristina Mullins (67). Em 2018, foi diagnosticado com hidrocefalia, o que o afastou de algumas produções na época, mas já voltou à ativa com trabalhos na TV, teatro e cinema.