Kubanacan está disponível para assistir no Globoplay a partir da próxima segunda-feira, 7. Exibida originalmente como novela das 7 entre 5 de maio de 2003 e 24 de janeiro de 2004, a trama é lembrada frequentemente pelo 'pescador parrudo' e 'descamisado' de Marcos Pasquim.
Em entrevista ao Estadão em setembro de 2004, o diretor Wolf Maya comentava: "A sensualidade é do universo do Carlos Lombardi, a novela é caliente sem ser erótica. Os homens são descamisados, mas a libido não é acentuada. Danielle Winits nunca teve os seios tão cobertos".
Já Carlos Lombardi, quando foi questionado pelo Estadão em 10 de julho de 2003 sobre "quando descobriu que homem nu dá ibope", rebatia: "Essa pode ser uma descoberta da imprensa, nunca minha."
O autor de Kubanacan também falava sobre o que acreditava ser a motivação para o sucesso de sua novela.
"Fomos atrás de divertir o público, sem intenção didática: não tenho aulas a dar, sei muito pouco da vida pra dizer o que as pessoas devem ou não pensar. Evitamos cair na armadilha do politicamente correto, uma das maiores hipocrisias do nosso tempo", dizia.
Em seguida, continuava: "Vira e mexe, ouvimos comentários do tipo 'isso não é um bom exemplo'. A única resposta é: isso não é exemplo, é dramaturgia. Ou Otelo e Iago são bons exemplos?"
Segundo o Memória Globo, Lombardi teve como inspirações para Kubanacan a novela Que Rei Sou Eu?, o filme Identidade Bourne e a história de Cuba pré-Fidel Castro.
A 'baixaria' de Kubanacan
No período entre 24 de setembro e 12 de novembro de 2003, Kubanacan foi líder no 'ranking de baixaria na TV', que era organizado pela campanha Quem Financia a Baixaria É Contra a Cidadania, que teve repercussão no começo dos anos 2000.
A motivação seria o apelo sexual e a incitação à violência impróprios para o horário. Ao todo, foram 130 denúncias no período, 13 a mais do que o Domingo Legal, do SBT, que à época trouxe entrevista forjada com falsos integrantes do PCC.
O Ministério da Justiça chegou a notificar a Globo por conta do horário em que a trama era exibida. Foi cogitada uma reclassificação etária, o que 'empurraria' a novela para o horário das 20h. A direção da Globo foi até Brasília para se comprometer a algumas alterações.
"Fui a Brasília explicar o que era a novela. É simples de entender: a violência em Kubanacan é a ligada ao cartoon, isso até é reforçado na sonoplastia", dizia Wolf Maya, à época.
A polêmica saída de Humberto Martins
Uma polêmica que envolveu a novela foi a saída do ator Humberto Martins do elenco. Ele vivia o ditador Carlos Camacho e, segundo rumores da época, teria ficado insatisfeito com a atenção dada a Marcos Pasquim na trama.
"A imprensa fez uma festa falando que Humberto Martins estaria reclamando porque tem menos tempo que o Pasquim. É um equívoco, porque o ator que tem mais tempo no ar é Wladimir Brichta", justificava Lombardi na ocasião.
Em seguida, prosseguia: "Não é que gosta mais do Brichta do que do Humberto. É da natureza do personagem de cada um. Camacho é um ditador e seus atos repercutem em outros personagens. Há cenas sobre ele quando Camacho não está em cena".
Wolf Maya também opinava: "Há atores mais profissionais e outros menos. Não tive problema com Humberto Martins em Kubanacan, quem teve foi o Lombardi. Os homens são menos profissionais que as atrizes. As mulheres são mais disciplinadas e aguentam melhor as privações".
O personagem de Humberto Martins acabou sendo reinserido em Kubanacan meses depois. Oficialmente, o afastamento do ator se deu por "problemas pessoais".
"Criei uma morte para ele, mas como o corpo não tinha sido encontrado no mar, ele poderia voltar a qualquer momento. Esse truque só pode ser usado com um personagem golpista, com um mais honesto não daria certo", explicava Lombardi, sobre a volta de Camacho, à época.
Outra baixa em Kubanacan foi a do próprio Wolf Maya, que além de diretor, também atuava como o personagem Don Diego.
"Não briguei com o Lombardi. Saí da novela com o coração na mão, o elenco ficou triste. Fui chamado para fazer a novela do Aguinaldo Silva [Senhora do Destino], cuja pré-produção começa em dezembro. Pedi para sair porque preciso de férias", explicava.
Lívia Andrade e Flor - O clima não ficou nada bom quando as duas participaram do 'Programa Silvio Santos' em julho de 2017. Flor insinuou que Lívia teria subido na carreira por ter tido supostas relações sexuais com o humorista Sérgio Mallandro. 'Muito me admira uma senhora que tem um programa de televisão voltado a donas de casa ter uma visão tão machista de que mulheres precisam ter relações sexuais para subir na vida', rebateu Lívia, indignada; leia mais aqui
Foto: Divulgação / SBT / Estadão
Carlos Alberto da Nóbrega e Batoré - Carlos Alberto de Nóbrega e Batoré colocaram um ponto final na inimizade, que se arrastava havia 13 anos. O humorista se irritou ao ser demitido do humorístico 'A Praça É Nossa' e culpou o apresentador por sua saída do programa. Neste intervalo, ambos trocaram muitas farpas, mas as diferenças ficaram no passado. Os dois retomaram a amizade no domingo, 5, no palco do 'Domingo Legal', do SBT, e vão voltar a trabalhar juntos.
João Gordo e Dado Dolabella - Ao receber Dado em seu programa de entrevistas, João debochou do disco recém-lançado pelo ator: 'Dando pra você? Dado pra você?'. 'É uma coisa, não sei se você tem cérebro pra entender, de duplo sentido. É 'Dado pra Você''. Em seguida, João fala sobre o perfil de 'comedor' de Dado, que comenta ter 'esquecido' de mostrar algumas coisas. O ator começou a colocar materiais perigosos sobre a mesa, como um machado e uma corrente. 'Você trouxe isso aqui pra que? Pra eu enfiar no seu rabo?', questionou João, já em um clima muito estranho. Eis que Dolabella solta a frase que depois se tornaria meme: 'Tu traiu o movimento'. 'Ah, vai tomar no seu... Quem é você, playboyzinho de m***'', revidou João Gordo. Dado quebrou a mesa de vidro, e os dois levantaram, ele com um machado, Gordo com uma corrente. As ameaças e ofensas continuaram, e o programa precisou ser interrompido.
Foto: FELIPE RAU/AE | Antonio Chahestian/REDE RECORD /DIVULGACAO / Estadão
Rafinha Bastos e Wanessa Camargo - Após uma reportagem em que a cantora aparecia, o apresentador do CQC, Marcelo Tas, comentou: 'Gente, que bonitinha que está a Wanessa Camargo grávida'. Em resposta, o humorista soltou a conhecida frase: 'Comeria ela e o bebê'. O caso foi parar na Justiça, e foi decisivo para a demissão de Rafinha da Band. De maneira indireta, o episódio virou novamente piada na série 'A Vida de Rafinha Bastos'. Vanessa chegou a afirmar que doaria os R$ 150 mil da indenização; leia mais aqui
Felipe Neto e Silas Malafaia - O desafeto entre Felipe Neto e Silas Malafaia vem de outros carnavais, mas ganhou um novo episódio nesta semana. O youtuber fez uma ação contrária à tentativa de boicote à Disney, promovida pelo pastor, que não gostou de ver uma cena de beijo entre dois rapazes na animação 'Star vs. as Forças do Mal'. Neto quer usar seu poder nas redes sociais para promover todas as empresas que conseguirem irritar Malafaia. Ou seja, publicidade gratuita para quase 10 milhões de pessoas.
Leo Dias e Danielle Winits - O barraco entre Leo Dias e Danielle Winits parou a internet na primeira semana de 2017. Tudo começou por causa de uma notícia que o apresentador do SBT publicou em sua coluna no jornal O Dia, dizendo que a atriz havia tentado furar a fila de embarque no aeroporto alegando estar grávida. Ela foi ao Instagram para desmentir, e o chamou de mentiroso. Leo não gostou do que viu e mandou a frase: 'Liga o ventilador!'. Na sequência, uma série de histórias e acusações sobre os antigos relacionamentos da atriz, que despertou a ira de André Gonçalves, atual marido de Dani, que até publicou vídeo ameaçando quebrar os dentes do jornalista. Tenso!
Rafael Cortez e Paulinho Vilhena - Quando o repórter do CQC se aproximou de Paulinho em um evento de moda, o ator estava com cara de poucos amigos. Após uma brincadeira, Cortez disse que os homens precisavam ser mais 'machos', e não se importar tanto com a beleza. 'Você acha?', respondeu secamente o entrevistado. Cortez continuou: 'Qual a coisa mais macha, ogra, que a gente pode fazer agora? Um arroto, cutucar o nariz, uma escarrada...'. 'Podia cuspir na sua cara!', respondeu. 'Manda!', brincou Rafael Cortez, antes que o ator cumprisse o prometido, e lhe disparasse uma cusparada.
Foto: Antonio Chahestian / Record / Divulgação | Ernesto Rodrigues / AE / Estadão
Naya Rivera e Lea Michele - Houve um momento em que os fãs de Glee chegaram a acreditar na amizade entre Rachel e Santana, que se fortaleceu a partir da quarta temporada. O problema é que Lea Michele e Naya Rivera, intérpretes das personagens, passaram a se desentender quando a segunda começou a ganhar mais espaço na história, diminuindo o protagonismo da primeira. Na reta final das gravações, elas não se olhavam na cara e só dirigiam a palavra quando o roteiro as obrigava.
Foto: Divulgação/Fox / Estadão
Bette Davis e Joan Crawford - A inimizade entre Bette Davis e Joan Crawford começou na década de 1930 e movimentou Hollywood por muito tempo. Neste ano, a história da complicada relação das atrizes será explorada na série Feud, de Ryan Murphy. Eram muitos os motivos para o ódio mútuo. As disputas envolviam bons papéis, prêmios e até homens. O ápice da briga ocorreu no início dos anos 1960, quando filmaram 'O que Terá Acontecido a Baby Jane?'. Ambas aproveitaram as cenas do script para se agredirem fisicamente.