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BBB | Wanessa adota negacionismo e tenta mudar narrativa da expulsão

Em entrevista ao "Fantástico", cantora negou que perseguiu, agrediu e cometeu racismo com Davi no Big Brother Brasil

18 mar 2024 - 01h32
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Foto: X/Fantástico / Pipoca Moderna

Wanessa Camargo foi expulsa do "BBB 24" após agredir Davi Brito, mas disse no "Fantástico" de domingo (17/3) que não cometeu agressão. Gravada na sexta (15/3), a primeira entrevista de Wanessa desde a expulsão tentou mudar a narrativa de sua expulsão. Ela também negou várias atitudes que cometeu no confinamento e que foram exibidas para todo o Brasil.

Davi dormia no momento em que a cantora entrou bêbada no quarto Magia. Ela aproximou-se da cama do brother, abaixou para se posicionar e acertou um leve soco de mão fechada em sua perna. Davi acordou e se mostrou incomodado. Ele denunciou e a situação foi avaliada pela produção do "Big Brother Brasil" como passível de expulsão. Wanessa, entretanto, buscou minimizar a situação, dizendo que ficou surpresa com a decisão dos produtores. "Foi uma coisa sem querer, uma brincadeira inconveniente e sem graça, não uma agressão", ela disse.

Negação da agressão

"Eu estava em uma festa. Bebi um pouco mais da conta. Estava na festa superanimada. Fui brincar na cama e aí, dançando com os braços, eu lembro que a minha mão encostou na cama e deu um esbarro no pé do Davi. E, na hora, eu percebi que fui inconveniente e pedi desculpas a ele. E aí eu fui dormir. Eu acordei com o alarme e 'Wanessa confessionário'. Eu até falei: 'Meu Deus, o que eu fiz'. Fui do jeito que eu estava, sem sutiã, com pijamão, sentei no confessionário e recebi a notícia de que eu tinha sido desclassificada por agressão. E fui embora aos prantos", ela contou.

Questionada sobre se achou justa a sua saída da atração, a cantora aprofundou sua estratégia de negação, mesmo tendo que lidar com o fato incontornável da expulsão por agressão. "Sobre o prisma de dizer que é justo sobre a regra do programa, eu acho que foi justo. Sobre o fair play, eu não acho que foi justo", afirmou.

Ela então usou um ataque contra Davi que viralizou na época de sua saída. A situação, registrada em vídeo, mostra Davi escorrendo e dando um carrinho em Wanessa durante uma disputa de Pique Bandeira. Wanessa tentou comparar os dois momentos como se fossem iguais, dizendo que também poderia ter pedido a expulsão do rival.

Negação do racismo

Logo depois, ela comentou as acusações de que teria sido racista com Davi. A própria cantora gravou um vídeo assumindo ter cometido racismo estrutural, mas na entrevista tentou usar isso como escudo, dizendo que não teve "intenção de cometer racismo em nenhum momento".

"Eu me assustei muito", disse Wanessa sobre as acusações, que descobriu ao sair da casa. "A gente, quando é colocada em um lugar tão grave quando a palavra ser racista, era uma roupa que eu não conseguia vestir aquilo. Eu escutei muito as pessoas e pessoas que tem lugar de fala sobre esse tema. O que eu quis dizer nesse vídeo [do racismo estrutural] é que eu não tive a intenção de cometer racismo em nenhum momento. O que eu entendo sobre racismo estrutural e que eu não entendo ainda, porque eu tenho 12 dias fora da casa, e eu quero fazer o letramento sobre isso, quero entender e quero aprender. Eu sempre entendi de outra forma, porque me faltou tempo, e eu reconheço aqui, me faltou parar e entender sobre isso", afirmou.

Sobre ter dito que sentia medo de Davi, ela explicou: "Eu entendo muito isso agora. Eu entendo esse lugar de dor e a minha intenção não foi essa. A palavra violento eu não disse. Eu disse que a forma que às vezes ele ia para o embate era uma forma agressiva e que eu não gostava. Quando eu cheguei aqui, eu me assustei com a forma como as pessoas viram. Eu me assustei com muita coisa tirada do contexto porque a gente tem uma rede social muito problemática".

Negação da perseguição

Depois de culpar as redes sociais, ela negou várias atitudes que cometeu, sendo confrontada na edição com o oposto do que dizia. Ela negou a perseguição a Davi, por exemplo, enquanto o "Fantástico" a mostrava fazendo perseguição ostensiva ao baiano, indo atrás das pessoas que gostavam dele para mudar a opinião delas.

"Eu tive problema de convivência pelas atitudes que ele tomava na casa e que me incomodavam. O que eu reconheci é que eu sou uma pessoa branca privilegiada e que eu nunca vou saber como algumas palavras que, para mim não tem nenhum efeito, podem ser sensíveis para outras pessoas. Para mim sempre foi sobre o jogo. Nunca foi nada sobre a raça, sobre a cor, nunca foi", reforçou, voltando a negar racismo, após assumir ter cometido "racismo estrutural" em vídeo nas redes sociais.

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