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BBB22: “Relação das comadres é vital para o jogo”, diz equipe de Linn

Amigos analisam jogo da sister, comentam desafios na gestão das redes e revelam intenções da cantora para o prêmio milionário

17 mar 2022 - 12h58
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Linn da Quebrada, Natália Deodato e Jessilane Alves
Linn da Quebrada, Natália Deodato e Jessilane Alves
Foto: Reprodução Globoplay

Na madrugada desta quinta-feira, 17, as comadres Linn da Quebrada, Jessi Alves e Natália Deodato protagonizaram um conflito na festa do líder Lucas Bissoli. O atrito, porém, não é visto como problema para quem conhece a cantora. Muito pelo contrário, é a consumação de que as sisters estão vivendo uma amizade real no ‘BBB22’.

"Amizade é isso. A gente não está se amando o tempo inteiro", destaca Thiago Félix, gestor da carreira e amigo pessoal de Linn.

Ana Flor, amiga e gestora das redes sociais da cantora, reforça que as comadres estão no momento de entender o equilíbrio dessa amizade. 

"De manhã elas estão se desentendendo, de tarde elas estão juntas na piscina. É saudável, imagina ficar presa numa casa com seus amigos e ninguém brigar?", reflete.

Em conversa exclusiva com o Terra, os dois revelaram os desafios pessoais que Linn da Quebrada superou ao longo da vida, o que ela pretende fazer com o prêmio milionário e como eles têm enxergado o jogo da sister. Confira!

Linn da Quebrada
Linn da Quebrada
Foto: Reprodução Instagram

Vocês são amigos de Linn e trabalham com ela. Como funciona essa relação?

Ana - Dá super certo. A Lina é uma pessoa que sabe o que quer da vida e isso facilita muito nosso trabalho, mas, do meu ponto de vista, a gente não separa as coisas [o profissional da amizade]. Tudo isso se mistura. A Lina é uma pessoa cheia de encruzilhadas, ou seja, de ideias… E isso faz com que a gente consiga fazer funcionar esse processo de amizade e trabalho, pelo menos com ela. Com outras pessoas, não sei. Gerenciar a equipe tem sido um processo, pois o programa dura 24 horas, então, a gente tem que se desdobrar muito. Porém, tem sido muito bacana.  Nós tivemos muitas reuniões antes de ela entrar e isso implica que a gente se aproximou muito. 

Thiago - Só dá certo porque há amizade no trabalho. Todas as equipes que a gente vem formando nos últimos anos são muito baseadas no afeto, a gente se torna muito amigo de quem trabalha conosco. Até porque tudo que a Lina traz no trabalho e diz para o mundo tem muito afeto, tem muito atravessamento. Acho que só dá certo nossa relação porque a gente se ama muito. 

O que Linn da Quebrada pretende fazer com  o prêmio de R$ 1,5 milhão?

Ana - Antes de entrar ela já tinha um objetivo bem certo. A mãe dela é uma mulher que trabalhou a vida toda como empregada doméstica. O fato da mãe ter dedicado a vida ao trabalho e a cuidar dos filhos fez com que Lina tivesse a concepção de pensar: "Eu quero proporcionar a minha mãe esse descanso". Ela quer dar esse conforto para a mãe dela, comprar uma casa para ela viver bem, com dignidade, de maneira saudável. Ela entrou no programa com esse objetivo definido a respeito do prêmio, mas ciente do quão importante é a presença dela ali. Sobre a vontade da mãe dela descansar depois de tudo que ela enfrentou e já viveu. 

Thiago - O que a mãe da Lina passou é o que muitas mulheres neste país passam. Uma mãe solteira, mulher preta, nordestina, migrante. Acho que a história dela se confunde com a história de muitas mulheres. Não há uma situação em específico, se a gente compreende a história do nosso país, todos os desafios que essas mulheres enfrentam para substentar o lar e seus filhos. 

Quais os maiores desafios que Linn já superou ao longo da vida?

Thiago - O ‘BBB’ é uma experiência única, mas não é a maior delas. Ela já superou muita coisa. Ela já teve o câncer no testítulo, a própria transição de gênero foi um desafio. A relação com as pessoas, por causa das pessoas... São muitas nuances. 

Dentro do jogo, ela é vista como personagem forte. Como encaram essa percepção?

Ana - Não tem como ela não ser uma pessoa forte no jogo. Acho que ela é muito bem articulada, ela sabe por que ela entrou no ‘BBB’. Ela entende a importância de se movimentar dentro da casa e argumentar bem. Rebater a Lina é dificílimo porque precisa de muitos argumentos e até agora não conseguimos ver alguém fazer isso. Creio que ela consegue visualizar o que as pessoas estão fazendo. Ela é uma das poucas ali que conseguem ouvir as pessoas, concordar ou discordar sem ter problemas.

Linn da Quebrada, Natália Deodato e Jessilane Alves
Linn da Quebrada, Natália Deodato e Jessilane Alves
Foto: Reprodução Globoplay

A relação das comadres ajuda ou atrapalha?

Ana - A relação delas está sendo o que é ser amiga dentro ou fora de um programa. As pessoas se envolvem, sentem. Acho que agora elas estão num momento de entender o equilíbrio da amizade delas. De manhã elas estão se desentendendo, de tarde elas estão juntas na piscina. Só que ao mesmo tempo isso é saudável. Se você está na casa com seus amigos e não discute com nenhum, tem algo errado aí. É impossível. A aliança delas é importante para o jogo. Elas estarem juntas faz com que se fortaleçam em conjunto. Existe também um atravessamento com a proximidade que une a própria vida delas, cada uma com suas particularidades e semelhanças. Acho que isso fortalece o arco das comadres. 

Thiago - As três são muito autênticas e é incrível ver as três juntas. Amizade é isso, a gente não está se amando o tempo inteiro. O que dá gosto de ver nas três é que elas se gostam, não é apenas pelo jogo. É uma amizade que está se construindo ao alcance dos nossos olhos de maneira muito bela. 

Ao longo da temporada, Linn protagoniza tensão com Douglas e Paulo André. Como amigos, acreditam que algo distancie os três?

Ana - Eles têm estratégias de jogo diferentes e essas coisas acontecem. Ela tem uma personalidade muito forte e é coerente com ela mesma, e isso faz ela enxergar o jogo diferente do DG, o que acaba não tornando eles próximos. Acho que ela é muito ética com todas as pessoas com quem ela não joga junto. Ela escuta o Arthur, escuta o PA... A mesma coisa com DG. Então, eu sinto que ela está sendo coerente. Se isso faz o DG antagonista da história dela, não tem jeito. 

Linn da Quebrada
Linn da Quebrada
Foto: Reprodução Instagram

Vira-e-mexe Linn é alvo de ataques transfóbicos nas redes sociais. Sendo amigos que trabalham com ela, como tem sido receber esse tipo de informação?

Ana - Antes de ela entrar, nós conversamos que existia o risco de sofrer este tipo de ataque. Confesso que demorou para acontecer. Internamente nós temos um formulário que direcionamos todos os ataques que ela recebe. Mostramos para as pessoas que, se elas estão dispostas a atacar uma travesti na internet, elas terão que lidar com as responsabilidades que isso acarreta. Depois disso, encaminhamos para nossa equipe jurídica. 

Thiago - Nunca falo só no âmbito da amizade, tenho essas duas facetas. Mas no âmbito pessoal mexe com a gente. Não queremos ver quem a gente ama sendo tratado dessa forma. Mas tento não me afetar pessoalmente com isso. 

Ana - A família acompanha de forma espontânea essas coisas. Eles sabem de boa parte do que acontece, mas [os ataques] não é algo que fico falando e enviando. Eles veem, a mãe dela está sempre no Facebook, a gente conversa sobre, mas a família tem uma confiança muito grande em nós. Claro, às vezes ela fica brava, afinal, estão falando da filha dela.

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Fonte: Redação Terra
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