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Ex-'Mulheres Ricas', Brunete Faccaroli diz: "não sou rica, sou poderosa"

14 mar 2013 - 13h27
(atualizado às 16h09)
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<p>De riso fácil, Brunete diz que já incorporou a personagem Barbie</p>
De riso fácil, Brunete diz que já incorporou a personagem Barbie
Foto: Fernando Borges / Terra

À beira dos 50 anos, Brunete Fraccaroli é vaidosa, mas não gosta de ostentar nenhum luxo. Morando em um apartamento do bairro de Jardins, em São Paulo, na companhia da inseparável cachorrinha Sissi, da raça poodle, prefere dedicar mais mimos ao animal de estimação do que a ela própria. Sissi tem cama com direito a dois travesseiros, pufes e almofadas espalhados pela casa, usa colar de pérolas quando convém, toma banho uma vez por semana e faz sessões de acupuntura para ajudar no tratamento de uma das patinhas que está machucada.

Assim, a arquiteta e participante da primeira edição do reality Mulheres Ricas, da Band, não se considera rica. "Não me considero uma mulher rica, sou uma mulher poderosa. Tenho poder na arquitetura, na mídia, nas pessoas. Nunca me preocupei com a questão de segurança porque sou eu que assino meu próprio cheque, não tenho niguém que me banca", contou à reportagem do Terra

Conhecida também pelo apelido de Barbie, Brunete se comporta como o que se espera de uma boneca. O cabelo loiro é muito bem penteado, a roupa ressalta a boa forma, e a maquiagem é impecável. Ela se senta com delicadeza, conversa esbanjando meiguice e aceita as comparações sem grandes pudores: "eu sempre fui pequena e loira, pareço uma boneca mesmo. Já assumi essa personalidade. Não é à toa que a Mattel (fabricante do brinquedo) produziu uma Barbie Brunete em minha homenagem".

Mas ela concorda que ser bonita dá trabalho e não dispensa algumas ajudinhas para estar sempre de boa aparência. "Vale tudo. Prefiro um caixão estreitinho, do que uma viva gordinha. Melhor morrer magrinha", falou sobre ser adepta à lipoaspiração e outras cirurgias plásticas.

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

Terra - Acompanhou a segunda temporada de Mulheres Ricas?

Brunete Fraccaroli - Acompanhei uma parte, porque estive viajando em Nova York, mas fiz até algumas participações especiais. Os três últimos capítulos nós assistimos todas juntas.

Terra - Quais são os prós e os contras do programa Mulheres Ricas na sua carreira e na sua vida pessoal?

Brunete - De prós, considero que foi muito divertido. Aproveitei bastante o momento porque sou arquiteta, não sou estrela. Para mim, foi uma novidade, uma coisa muito boa. Foi algo muito sadio porque na primeira temporada, a gente não tinha tantas maldades ou alfinetadas, porque não estávamos esperando por isso. A segunda temporada todo mundo esperou mais porque já sabia como é que era. Em vez de elas se divertirem, elas ficavam um pouco mais preocupadas em se defenderem e serem agredidas. As gravações da primeira temporada eram muito engraçadas. A gente ia fazer piquenique no Ibirapuera, andar de barco, pegava helicóptero... Então não tinha tempo ruim. Fomos jogar golfe, atirar arco e flecha. Tinham muitas coisas gostosas da vida, que eu não faço no dia a dia, então eu estava de férias quando gravava, isso foi muito bom. A parte ruim, não é que tenha afetado a minha carreira nem para o bem, nem para o mal. Mas, com essa história de Mulheres Ricas, ficam com medo de perguntar quanto é o preço do meu projeto porque acham que eu vou cobrar um absurdo. Acho que um contra foi isso, no sentido de o que esperam da Brunete. Eu faço as casas do mesmo jeito que sempre fiz, os meu clientes antigos continuam comigo. Mas eu acho que os cliente novos já vêm mais assustados

Terra - As brigas e alfinetadas do programa são de verdade ou armação?

Brunete - A Val Marchiori é assim mesmo, não é armado porque ela continua depois do programa. O diretor cutuca com 'fala isso, ou ela falou isso de você', mas é só. É bem natural e bem real, mas é uma pena que seja assim. Eu acho que as pessoas têm que ver um pouco de beleza nas coisas e não achar tudo ruim. 

Terra - Você teve que tomar algum cuidado com a fama e o fato de ser rica?

Brunete - Não, continuo sendo a mesma pessoa e morando em um prédio tranquilo, por exemplo. Eu não me considero uma mulher rica, sou uma mulher poderosa. Tenho poder na arquitetura, na mídia, nas pessoas. Nunca me preocupei com a questão de segurança porque sou eu que assino meu próprio cheque, não tenho niguém que me banca.

Terra - Teve algum acordo financeiro para participar do programa?

Brunete Fraccaroli diz que vale de tudo para se sentir bem, inclusive cirurgias plásticas
Brunete Fraccaroli diz que vale de tudo para se sentir bem, inclusive cirurgias plásticas
Foto: Fernando Borges / Terra

Brunete - A gente sempre tem cachê, tudo direitinho. Na primeira temporada, quando entraram em contato comigo, eu disse que não queria fazer parte do programa primeiramente porque se chamava Mulheres Ricas e não concordo com esse título porque acho muito pejorativo no País em que a gente vive, em que as pessoas estão em situações ruins, um País que está em fase de crescimento. Eu fiquei três meses falando 'não', até que acertei com ele de fazer apenas o que o me sentisse confortável. Ele disse: "Brunete, você vai fazer aquilo que você quiser e só vai se divertir. O que não for bom pra você, não faz".

Terra - Você tem amizade com as outras participantes? 

Brunete - Tenho. Fiquei muito amiga da Débora Rodrigues. Aliás, ela não foi nenhuma vez nos encontros que as outras participantes faziam, mas fiz uma festa e ela fez questão de ir e me cumprimentar. Eu faço a casa dela e da filha dela. A Débora é muito bacana, para mim, o grande ganho de Mulheres Ricas foi a Débora. 

Terra - Está solteira?

Brunete - Estou solteira e muito feliz, realizada. Acho que não sei me relacionar muito bem, não é que eu não saia. Eu saio com um monte de gente, tenho muito amigos, mas namorar não, ter um compromisso é difícil para mim. Eu sou muito melhor sozinha, não sei me relacionar. Como pessoa, sou melhor sozinha. 

Terra - Não tem um tipo de homem que te agrada mais?

Brunete - Tem, mas o homem brasileiro é muito machista. Toda mulher que faz sucesso, sofre muito nas mãos de um relacionamento assim. No Brasil, é muito difícil o homem aceitar a profissão da mulher. Mesmo que ele diga que aceita, no fundo ele não aceita. Tem que ser um homem muito seguro, um homem muito carinhoso e muito meigo e é difícil encontrar alguém assim, que te aceite como você é e que não queira mudar. No começo, eles podem achar tudo lindo, mas depois vai pesando porque a mídia é algo que pesa. A maioria dos homens não gosta de ficar em segundo plano. 

Terra - O que você mais gosta em você?

Brunete - Sou uma pessoa que tem um bom alto astral e adoro me divertir. Tudo o que eu faço é com muita paixão. E eu não quero ter que voltar essa paixão para alguém especificamente, quero dedicar ao mundo, aos cachorros, por exemplo, porque não podem tirar isso de mim, sou muita intensa.

Terra - Você tem algum defeito?

Brunete - Eu sou muito teimosa, embora esteja estudando Cabala para melhorar isso. 

Terra - Não tem o sonho de se casar?

Brunete - Adoraria me vestir de noiva, mas não tenho mais vontade de casar. Tenho o sonho da Cinderela, é claro, porque isso foi implantado na cabeça das mulheres por todos os contos de fadas Walt Disney. 

Terra - Vale tudo para ficar bonita ou se sentir bem?

Brunete - Vale tudo. Prefiro um caixão estreitinho, do que uma viva gordinha. Melhor morrer magrinha.

Terra - Já fez alguma cirurgia?

Brunete - Recentemente fiz lipoaspiração, mas queria ter tirado mais, porque ficaram uns pneuzinhos embaixo do braço. Adorei o resultado e faria mais. Eu detesto malhar, daí é difícil quando você faz regime e não emagrece, fica sem comer à toa. Tem algumas gordurinhas localizadas que não dá para perder, e isso a lipo tira. Então vale tudo para se sentir bem, vale até mesmo usar cabelo dos outros.

Terra - Você tem uma coleção de Barbie e já posou para ensaios caracterizada como a boneca. As pessoas fazem críticas a isso?

Brunete - Eu não sei se as pessoas fazem críticas a isso, mas eu fui a Barbie, assumi esse papel porque certa vez fizeram uma matéria com arquitetos dizendo que eles sempre brigavam, e perguntaram se eu não brigava com ninguém e alguém disse: "não, a Brunete não se mete nisso. A Brunete é uma Barbie, ela só enfeita". Uma matéria super pejorativa falando que eu não fazia nada de legal e que eu não tinha clientes. Chorei muito e meu pai me consolou dizendo para não me importar com essas coisas. Depois disso, incorporei a personagem, comecei a ganhar bonecas de presente e hoje tenho uma coleção de 400 Barbies. Tanto assumi essa personalidade que a Mattel fez uma boneca em minha homenagem: a Barbie Brunete Fraccaroli. Não foi nada ruim, se as pessoas criticam é porque não têm conhecimento. Eu sempre fui pequena e loira, pareço uma boneca mesmo.

Terra - Falta conquistar algo na sua carreira ou vida pessoal?

Brunete - Tenho muitos sonhos. Tenho muita vontade de fazer uma igreja, um bordel bem chique e luxuoso. Tem muitas coisas que ainda quero realizar e quero ensinar as pessoas tudo o que eu já aprendi. Oscar Niemeyer trabalhou até 105 anos, então ainda tem bastante tempo de vida e de trabalho. A vida é uma experiência de criatividade.

Terra - Qual o luxo que não pode faltar na vida de Brunete Fraccaroli?

Brunete - Não pode faltar água perrier (água mineral importada da França, é natural e reforçada com gás natural da fonte e apresenta paladar singular, com bastantes bolhas), que agora estou tentando substituir por água de coco porque é mais saudável. Tive uma pedra no rim e nunca fui de beber água, e a única água que eu comecei a tomar e gostar e nunca mais tive problema nos rins foi a água perrier. 

Móveis brancos compõem a sala de Brunete
Móveis brancos compõem a sala de Brunete
Foto: Fernando Borges / Terra
Terra - Como foi a sua vida antes da fama?

Brunete - Foi bem normal, nada mudou. Desde criança eu era assim, tinha muitos bichos de estimação. Sempre fui muito boa aluna, estudei no Dante Aligheri, tinha muitos amigos. 

Terra - Qual o trabalho que mais se orgulha de ter feito?

Brunete - O espaço Deca, um projeto que eu fiz em 1999, é um trabalho que gosto e me orgulho muito. É lógico que sempre o último é o mais bacana por ser o mais atual, moderno, por você ter estudado e se inspirado em mais coisas. Mas esse projeto eu fiz porque ninguém nunca tinha mexido com vidros e estruturas e eu arrebentei com esse. E depois de três anos, quando fui a Nova York, vi que o projeto da Apple era igualzinho ao meu. Percebi que eu estava lançando uma tendência muito legal e até casei com um vidraceiro. 

Terra - Quais foram seus clientes famosos?

Brunete - Goulart de Andrade, Amaury Jr., Setubal, Carlos Alberto de Nóbrega, o Celso Portioli, Silvia Popovic. 

Fonte: Terra
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