Renata Vasconcellos faz jornalismo poético na Copa
Apresentadora ganha elogio de Bonner por reportagem nas ruas de Moscou
De cara lavada e cabelos presos num coque simples, com a beleza natural de seus 46 anos, Renata Vasconcellos deixou o confortável estúdio da Globo na Praça Vermelha para relatar a temporária mistura de povos e culturas nas ruas da Rússia.
Na edição de quarta-feira (20) do Jornal Nacional, a âncora reassumiu a função de repórter e mostrou como a Copa tem feito pessoas de idiomas diferentes se entenderem a partir do desejo de amizade e da paixão pelo futebol.
Na matéria, Renata entrevistou russos e turistas. Destacou a troca de experiências entre os donos da casa, até então vistos como pouco hospitaleiros, e os visitantes das mais variadas origens.
Sentou-se em bancos de praça, bateu papo, assistiu a uma apresentação popular, usou um chapéu típico e até estimulou, sem querer, a formação de uma roda musical que uniu nativos, orientais, latinos e pessoas de outras etnias.
Com olhar atento e voz suave, Renata Vasconcellos descreveu o valor da diversidade e da alegria genuína. Em meio a dezenas de reportagens técnicas (e repetitivas) sobre a Copa, seu texto soou como poesia.
No estúdio, no Rio, William Bonner agradeceu o olhar lírico da colega: “Obrigado por encerrar o Jornal Nacional com sua delicadeza e seu talento”.
O jornalismo humanizado de Renata Vasconcellos merece ganhar mais espaço na cobertura da Globo. Afinal, ainda temos 24 dias de Copa pela frente. Ninguém aguenta somente informes sobre resultados e análises previsíveis.
Momentos quase lúdicos, como o que foi proporcionado pela matéria da âncora do Jornal Nacional, nos fazem lembrar que, acima de tudo, uma Copa é feita de gente – e da comunhão de emoções.