Repórter da Globo chora com campeão olímpico Ítalo Ferreira
Guilherme Pereira é tomado pela emoção ao ficar frente a frente com o primeiro medalhista de ouro do Brasil em Tóquio
“É difícil não chorar, gente, desculpa”, disse Guilherme Pereira ao final da entrevista com Ítalo Ferreira, primeiro campeão olímpico do surfe ao superar o japonês Kanoa Igarashi. O relógio marcava 4h29 da madrugada desta terça-feira (27), no horário de Brasília.
A imagem focada no atleta, que estava igualmente emocionado, não mostrou o jornalista da Globo e SporTV posicionado atrás da câmera, mas foi possível ouvir sua voz embargada ao fazer as perguntas.
No estúdio da Globo no Rio, o surfista veterano e bicampeão mundial Teco Padaratz foi às lágrimas. O outro comentarista da transmissão, o também surfista Miguel Pupo, sorria com o triunfo para o Brasil na Olimpíada de Tóquio.
Everaldo Marques narrou os 30 minutos da bateria decisiva com empolgação máxima. Após a confirmação da vitória de Ítalo Ferreira, o jornalista afirmou que o brasileiro voltou a sentir hoje a mesma emoção proporcionada pelas antigas corridas de Fórmula 1 nas madrugadas.
Não faltou a vinheta clássica ‘Brasiiil’. O grito agudo “Vai, Brasil”, do ex-BBB Gil do Vigor, também fez parte do show. Everaldo soltou seu bordão “Você é ridículo!” para expressar a grandiosidade de Ítalo Ferreira, de 27 anos.
O clima festivo contaminou o telejornal ‘Hora 1’, exibido na sequência. O âncora Roberto Kovalick não poupou elogios ao surfista de ouro. A cerimônia de premiação foi exibida a partir de 5h15. Logo depois, link de Baía Formosa (RN) mostrou a alegria e a comoção de dona Katiane, mãe do campeão.
Paralelamente à repercussão da façanha de Ítalo, a imprensa de plantão destacou a derrota do favorito Gabriel Medina, que perdeu a medalha de bronze para o australiano Owen Wright.
Outras manchetes eram a respeito da fúria da mulher de Medina, a modelo Yasmin Brunet. Ela fez uma live durante a transmissão da bateria que definiu uma vaga na final. Revoltada, sugeriu que o brasileiro foi intencionalmente prejudicado. “Roubado na cara dura”, declarou.
“Se eu estivesse lá... Eu pegava esse juiz e nem vou falar nada”, disse. Yasmin teve o pedido de credencial rejeitado pelo Comitê Olímpico. Contrariado, Gabriel Medina afirmou que a ausência da esposa no Japão poderia prejudicar seu desempenho na competição. Ele terminou em quarto lugar.