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“Se lasque”, “o pau vai quebrar”, “sentar a bunda”: debate ou ‘Casos de Família’?

Encontro de prefeitáveis de São Paulo na Band é marcado por ‘boca suja’, deboches e alta tensão

9 ago 2024 - 00h54
(atualizado às 01h24)
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Está aberta a temporada de rinhas de galo na televisão. A largada dos debates de candidatos à prefeitura de São Paulo mostrou que a diplomacia dará lugar ao bate-boca com xingamentos, como se fosse um episódio do extinto telebarraco ‘Casos de Família’, do SBT. 

Mediado pelo âncora Eduardo Oinegue, o encontro ao vivo na Band entre Ricardo Nunes (MDB), Pablo Marçal (PRTB), Tábata Amaral (PSB), José Luiz Datena (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foi protagonizado pelos dois postulantes com maior visibilidade na mídia. 

Apresentador licenciado do ‘Brasil Urgente’ e o mais conhecido pela população segundo pesquisa da Quaest, Datena se sentiu em casa na emissora onde trabalha. “No meu governo ninguém vai sentar a bunda em ônibus do PCC”, disse no característico tom exaltado. 

Com mais seguidores nas redes sociais do que os outros juntos, Marçal disparou verborragia recheada de provocações e ironias politicamente incorretas. Prometeu impedir Boulos de “sentar a bunda” na cadeira de prefeito, disse que Tábata era uma “adolescente” e parecia “uma jornalistazinha” pelo teor das perguntas. Ela o classificou de “nervosinho”. 

Do direitista também se ouviu “que se lasque” e “o pau vai quebrar”. Em outro momento, comparou favelas com “campos de concentração”, uma colocação potencialmente ofensiva às vítimas do nazismo e seus descendentes. 

Marçal classificou a São Paulo atual de "cidade de merda". Xingou Boulos de “apoiador do Hamas”, “comedor de açúcar” e insinuou o uso de entorpecente. “Você deve ter ido em todas as biqueiras atrás do que mais te agrada”, disse. Ao retrucar, o esquerdista o chamou de “ladrão de banco” devido a um antigo processo na Justiça. 

Após Datena questionar se Nunes “rouba pirulito de criança”, em referência à investigada máfia das creches na capital, o prefeito ironizou o apresentador. “O nível foi lá pra baixo... Deve estar ali no Rivotril danado”, citando o remédio de controle da ansiedade. 

Durante algumas respostas de candidatos, gritos de protesto de concorrentes. Ocorreram pausas no cronômetro devido a manifestações da plateia. Definitivamente, quem assistiu ao debate na Band não sofreu de tédio. A interação belicosa e sarcástica entre os candidatos gerou entretenimento sensacionalista que espantou o sono até o início da madrugada. "Caldo quente", resumiu Oinegue.

Trocas de acusações e ironias entre candidatos esquentaram a temperatura no estúdio da Band em São Paulo
Trocas de acusações e ironias entre candidatos esquentaram a temperatura no estúdio da Band em São Paulo
Foto: Reprodução/TV
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