Sem ser fenômeno, A Terra Prometida alavanca Record no Ibope
A Terra Prometida, no ar desde julho, não gera a mesma repercussão das duas temporadas de Os Dez Mandamentos.
Mas a audiência - e, no fundo, é isso o que importa - não deixa a desejar na comparação com a trama anterior.
O atual folhetim de inspiração bíblica está com média de 14.5 pontos no Ibope.
Apenas um a menos que a segunda temporada da trama de Moisés, e não muito distante dos 16 pontos da primeira fase da 'novela da abertura do Mar Vermelho', exibida em 2015.
Escrita por Renato Modesto, A Terra Prometida garante a vice-liderança isolada para a Record na faixa das 20h30, a mesma do Jornal Nacional.
A produção de época ainda impulsiona o Jornal da Record, exibido na sequência, atualmente com a boa média geral de 9 pontos, e com algumas edições atingindo 13 pontos.
A falta de frisson em torno de A Terra Prometida, em relação ao que se viu com Os Dez Mandamentos, pode ser explicada pelo vácuo de carisma entre os protagonistas.
O protagonista Sidney Sampaio se esforça, mas o seu Josué não é páreo para o magnetismo exalado pelo Moisés interpretado por Guilherme Winter nem para a força do vilão Ramsés, papel de Sergio Marone.
O êxito daquelas atuações - aliado à tietagem em torno de seus atores - deu valiosa visibilidade à novela em revistas, jornais, sites e programas de TV. O mesmo fenômeno não se repetiu desta vez.
A Terra Prometida cumpre sua missão, mas sem se tornar o fenômeno midiático experimentado anteriormente pela Record e que chegou a assustar a Globo.
A ausência do oba-oba não é exatamente uma falha, apenas deixa a novela sem a popularidade tão desejável nos tempos atuais.