Tchau, Globo! Quem se demitiu da emissora busca menos estresse e mais dinheiro
Jornalistas se reinventam na internet e mostram que a televisão não é mais tão atrativa aos comunicadores
O tal ‘emprego dos sonhos’ não é tão perfeito assim. Esta é a conclusão ao analisar vários jornalistas que se demitiram da Globo quando ocupavam cargo de destaque.
O mais recente deles, Felipe Andreoli, deixou o comando do ‘Globo Esporte’ em São Paulo. Seguiu os passos da mulher, Rafa Brites, que foi repórter do ‘Mais Você’ e do ‘Vídeo Show’.
Em videocast, ela revelou ganhar com 1 único ‘story’ no Instagram o mesmo valor do salário que recebia na emissora. Não é exagero. Enquanto os canais de TV reduzem os ganhos de seus contratados para equilibrar as contas – e a maioria deles proíbe alguns tipos de publicidade –, a internet oferece cachês cada vez maiores a quem possui número relevante de seguidores e alto índice de engajamento.
Um caso que certamente inspirou colegas é o de André Hernan. Em 2022, em plena pandemia de covid-19, ele deixou o Esporte da Globo para investir no próprio canal no YouTube e em parcerias com plataformas digitais. Deu certo. Hoje faz parte do time do Prime Video e de uma grande casa de apostas.
Às vezes, a busca não é apenas por mais dinheiro no bolso, e sim paz de espírito. Afinal, quase impossível trabalhar em televisão sem ter algum dano à saúde mental devido ao estresse permanente.
O repórter Marco Aurélio Souza se demitiu do canal após 20 anos e uma crise de Burnout. O esgotamento nervoso o obrigou a tomar medicação e fazer terapia. Quando se sentiu revitalizado, voltou a fazer o que gosta: passou a apresentar o programa sobre futebol ‘Sem Filtro’ no YouTube da RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, onde a pressão é bem menor do que enfrentou no eixo Rio-São Paulo.
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