Telejornal de Tralli bomba no Ibope com defesa do cidadão
Overdose de política nos noticiários nacionais beneficia as produções com informações locais
A interminável crise política domina o telejornalismo brasileiro, sem data para acabar.
O ‘Jornal Nacional’, telejornal de maior audiência do País (média de 28 pontos este ao), chega a dedicar 70% de sua duração aos assuntos de Brasília.
O cai-não-cai do presidente Michel Temer, as polêmicas em torno de Lula e os desdobramentos da Operação Lava Jato atraem cada vez mais público.
Mas há quem não aguente mais essa overdose de notícias sobre políticos, julgamentos e escândalos.
Quem ganha com isso são os telejornais locais, que exibem a vida real do dia a dia do cidadão anônimo.
Esse jornalismo local, focado nos problemas da cidade (e possíveis soluções), é visto como o futuro do jornalismo na TV.
O ‘SPTV 1ª Edição’, comandado por César Tralli, está em alta no Ibope. Média de janeiro a junho: 13 pontos, índice equivalente a 2,6 milhões de telespectadores somente na Grande São Paulo.
É um desempenho melhor do que o do ‘Jornal Hoje’, apresentado em rede nacional por Sandra Annenberg e Evaristo Costa, com média de 12 pontos no mesmo período.
A segunda edição do ‘SPTV’, ancorada por Carlos Tramontina, é um sucesso: 25 de média, com picos de 30 pontos.
Na Record, o ‘Balanço Geral Manhã SP’ e o ‘São Paulo no Ar’ apresentam boa performance de audiência privilegiando informações em defesa do morador da cidade.
Ainda que a política nacional afete diretamente o bolso e a moral de todos os brasileiros, são as notícias sobre o que acontece ao seu redor – na rua, no bairro, na região – que parecem mais interessar ao telespectador.
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