The Good Wife: episódio final coroa “ano diferente” da série

O ano de The Good Wife, como diz seu último episódio desta quinta temporada, The Weird Year, que foi ao ar neste domingo (25) nos Estados Unidos, foi realmente estranho. A série, líder de audiência na televisão norte-americana, tem como maior crítica o fato de não ousar, de não sair de sua zona de conforto. 

A quinta temporada não foi assim. A morte de Will Gardner (Josh Charles), o maior choque que os fãs da trama já receberam até hoje, foi polêmica, mas representa bem esse diferencial da série em 2014, saindo de sua história padrão e apostando em novos rumos.

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O seanson finale da temporada não é nada mais do que uma manutenção desse objetivo. Focado em Diane (Christine Baranski) e Alicia (Julianna Margulies), o episódio é baseado, principalmente, no sentimento de aceitação das personagens em relação à morte de Will, o que serve como uma mensagem para a própria série. Entender uma perda é fundamental para superá-la, e The Good Wife parece, finalmente, ter entendido que é hora de seguir em frente.

Diane rejeitando carreira política

Com a morte de Will, Diane começa a procurar novos rumos para sua vida profissional. Sua primeira possibilidade vem através de um convite do Governador Florrick (Chris Noth) para que ela concorresse à Procuradoria do Estado. Mas quando tudo levava a crer que Diane aceitaria a proposta, ela recusa, e acaba indo até a Florrick, Agos & Associates para pedir emprego, prometendo levar sua lista de clientes para a firma.

Assim, a especulação sobre Diane ocupar um cargo público chega a seu fim, encerrando uma brilhante participação da personagem na temporada e abrindo uma janela de possibilidades para seu futuro. Dessa maneira, ela supera o sentimento de dívida que tinha com Will, que a fazia seguir apostando no projeto falho da Lockarth & Gardner, em um primeiro claro sinal de superação de sua última fase de luto.

Alicia: formatura do filho marca o início de uma nova fase

Após da morte de Will, o grande amor de sua vida, Alicia se viu sem chão. Seu futuro era baseado nas possibilidades que o relacionamento com seu antigo melhor amigo podiam lhe proporcionar. A relação de “amor e ódio” finalmente caminhava para um final feliz quando acontece o tiroteio na corte e tudo muda de figura. Alicia se colocava cada vez mais em um estado de depressão profunda.

Mas aí novas propostas aparecem. A formatura do filho, Zach (Graham Phillips), é o símbolo da mudança na vida da protagonista da série, que encerra sua participação na quinta temporada deixando aberta a possibilidade de concorrer à Procuradoria.

Ao receber o convite de Eli (Alan Cumming) para o cargo, Alicia finalmente encontra a motivação que precisava para iniciar um novo processo, que vem logo após a aceitação de uma morte: o recomeço. A história deixa claro que o objetivo da segunda parte da quinta temporada foi o de representar os estágios pelos quais uma pessoa passa ao perder um ente querido. Desde a expressão paralisada de Alicia ao receber o telefonema da Kalinda (Archie Panjabi), até seu olhar feliz e esperançoso na formatura do filho, a protagonista representou com maestria os estágios de luto e, agora, a aceitação e chance de recomeço.

Com um final muito bem executado, The Good Wife derruba seu defeito mais criticado, promovendo mudanças drásticas em uma história que sempre se grudou em seu roteiro. A série, agora, vem forte para a temporada de premiações, e mais ainda para seu sexto ano.