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Thiago Martins diz ter recusado papéis de bandido para não ficar rotulado

10 mai 2013 - 12h53
(atualizado às 12h55)
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Ator, que começou em filmes mais voltados para a crítica social, procurou variar seus papéis
Ator, que começou em filmes mais voltados para a crítica social, procurou variar seus papéis
Foto: Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias / TV Press

Ser limitado por um perfil de personagem é algo recorrente na carreira televisiva de um ator. E esse era um dos grandes medos de Thiago Martins no inicio de sua trajetória. Nascido e criado no Morro do Vidigal, localizado na zona sul do Rio de Janeiro, o ator está atualmente no ar em Flor do Caribe como o piloto de caça Rodrigo. Mas começou a chamar a atenção na área artística em produções que, em geral, ressaltavam mazelas sociais, como o longa Cidade de Deus, lançado em 2002, e a série Cidade dos Homens, exibida pela Globo no mesmo ano.

Para não interpretar apenas papéis marginalizados, Thiago optou por modificar sua imagem com trabalhos mais seletivos. "Naquela época, eu cheguei a recusar alguns trabalhos de bandido e menino de rua, por exemplo. Justamente para não ficar rotulado e me impor como um ator completo", lembra.

Entretanto, mesmo tendo se afastado do perfil marginal, o ator vê em seus primeiros trabalhos uma importante diretriz social. Isso porque, por ser morador de uma comunidade na época em que surgiu o "boom" de produções que evidenciavam a realidade das favelas brasileiras, ele conseguiu acompanhar de perto as consequências positivas vivenciadas nos morros. Entre elas, a maior aceitação da cultura popular em todas as classes sociais e o surgimento de mais empregos nos bairros menos favorecidos. "Eu vejo muito isso na música. O pagode, por exemplo, era muito recriminado e hoje é ouvido pela classe A. E a própria Regina Casé, com o Brasil Legal, abriu as portas para a exposição dessa cultura", opina.

Criado apenas pela mãe, foi a forte influência de seu irmão mais velho, integrante do projeto Nós do Morro, que aproximou Thiago das artes cênicas. Aos 6 anos de idade, o ator se uniu ao grupo. E é de lá que vem a base de sua formação artística, focada principalmente no teatro e na música. "O meu irmão sempre foi um espelho dentro na minha casa, porque eu não sou nascido e criado com pai. Então sempre o admirei muito e, assistindo às peças em que ele atuava, comecei a esboçar uma veia artística."

Assim, a entrada para a televisão aconteceu naturalmente em sua trajetória. Depois de estrear em frente às câmeras aos 10 anos, no Xuxa Especial de Natal, ele ainda fez algumas participações em produções como Cidade dos Homens, antes de ser convidado para sua primeira novela, Da Cor do Pecado, assinada por João Emanuel Carneiro, em 2004. 

Depois disso, Thiago não parou mais. Hoje, aos 24 anos, já está em sua sétima novela. Recentemente, inclusive, se destacou na pele do jogador de futebol Leandro de Avenida Brasil, onde seu personagem caiu nas graças do público por fazer parte de um trio amoroso formado pela periguete Suelen e o sensível Roni, interpretados, respectivamente, por Isis Valverde e Daniel Rocha.

Atualmente em Flor do Caribe, o ator da vida a Rodrigo, um piloto de caça da esquadrilha da Força Aérea Brasileira que tem um caráter extremamente íntegro. De família humilde, conseguiu estudar em bons colégios pagos pela patroa de sua mãe e assim entrou para a Academia de Pilotos, onde se tornou um dos melhores amigos de Cassiano, protagonista encarnado por Henri Castelli.

Desde a preparação para o personagem, que ocorreu na Base Aérea de Natal, Thiago tenta ao máximo humanizar o piloto, pois não quer que o personagem caia na típica caricatura de militares. "Esse meu piloto é muito fácil de cair em estereótipo, porque todo mundo que coloca uma farda vira um 'super homem'. Mas não é assim. O exército é formado por homens - e homens erram. Ele tem de ser humano. Por isso, fora da base, ele é brincalhão."

Lado musical

Paralelamente à carreira de ator, Thiago traça uma trajetória na música. Menino, ele já pertencia ao coral de uma igreja junto com uma tia. Quando entrou para o projeto Nós do Morro, que também oferece oficinas musicais, o ator pôde se aprofundar no universo. A dedicação era tamanha que, sempre que o grupo precisava de alguém para cantar em um espetáculo teatral, era ele o escolhido. "A música está presente na minha vida desde que eu nasci, porque meu pai era sambista. Então sempre tive a referência do samba-enredo", afirma.

Thiago, inclusive, ficou conhecido fora da TV por cantar no grupo Trio Ternura. Mas a falta de tempo para acompanhar o agitado ritmo da banda o fez optar por uma carreira solo. Emendando uma novela na outra, ele preferiu diminuir a quantidade de shows pelo Brasil para priorizar as gravações de Flor do Caribe. "Eu não tenho pressa. Não quero abraçar o mundo, até porque tenho compromisso com a novela. Mas, assim que as gravações acabarem, eu caio na estrada para fazer meus shows", conclui.

Instantâneas

Thiago já fez par romântico com sua namorada, Paloma Bernardi, no teatro, na peça O Grande Amor da Minha Vida

Quando adolescente, ele se dividia entre as artes cênicas e o futebol, carreira que também cogitou seguir

Seu maior desafio para interpretar o piloto de caça Rodrigo de Flor do Caribe foi o medo de altura, que teve de ser superado durante os voos de treinamento para o personagem

Após as gravações da novela de Walther Negrão, Thiago vai começar a rodar o longa O Campeão, baseado na história do lutador de kickboxing Fábio Leão

Fonte: TV Press
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