Trama arrastada faz 'Pantanal' perder audiência; veja números
Novela frustra o público ao longo de semanas em que poucas ações interessantes aconteceram
Até a segunda semana de junho, Pantanal apresentou viés de alta no Ibope, com médias semanais de 30 e 31 pontos. De lá para cá houve queda relevante de audiência.
Nas últimas quatro semanas, a novela ficou com média na casa dos 28 pontos. Todas as noites, cerca de 500 mil telespectadores deixaram de sintonizar o folhetim rural somente na Grande São Paulo.
A explicação é óbvia: o desinteresse está relacionado com a sequência de capítulos arrastados. Houve ‘barriga’ – jargão novelístico para aquela fase da trama em que nada acontece.
A monotonia ficou explícita nas cenas entre Jove (Jesuíta Barbosa) e Juma (Alanis Guillen). Eles irritaram parte do público com o interminável conflito sobre morar na tapera ou na sede da fazenda de Zé Leôncio (Marcos Palmeira).
O casal que encantou os telespectadores no início, com sequências cinematográficas e diálogos poéticos, perdeu carisma e passou a ser repetitivo. Haja paciência para acompanhar as DRs quase diárias.
Os noveleiros aderiram ao ritmo mais lento de Pantanal e ao convite à contemplação de belas imagens, porém, demonstram não aceitar enrolação. Estão certos. Um capítulo de 1 hora com nada de novo é indesculpável. Melhor ficar com o controle remoto por perto.
Nas próximas semanas, a chegada de novos personagens – entre eles, um deputado vivido por Dan Stulbach e um matador interpretado por Rafael Sieg – deve movimentar o núcleo pantaneiro e repercutir nas redes sociais.
Às vésperas do capítulo 100, a novela está com média geral de 28,9 pontos, menor do que em junho. Tem até meados de outubro para tentar chegar aos 30 pontos e, assim, consolidar a recuperação da faixa mais nobre da programação da Globo, derrubada pela rejeição à antecessora Um Lugar ao Sol.