Travessia: Robô na TV? Entenda o novo personagem da novela
Haroldo, o robô-ator, embarca tecnologias IoT (internet das coisas) desenvolvidas pelos próprios profissionais da Globo
Ele se posiciona bem no set, decora falas com precisão e velocidade, expressa emoções, mas está longe de ser um ator convencional: esse é o Haroldo, o inusitado robô-personagem que acaba de integrar o elenco da novela "Travessia". Os movimentos, assim como as falas e expressões faciais são resultados de uma tecnologia desenvolvida pela Globo.
Uma das tecnologias é responsável por controlar a locomoção. A outra encarrega-se da troca de dados na interação em cena, ou seja, frases sintetizadas e expressões faciais. Para o controle do robô, o time da Globo criou um aplicativo. Por ele, no set de gravação, o operador faz o disparo de voz e programa a troca de expressão.
Quanto à aparência do robô, os profissionais, primeiramente, alinharam o conceito artístico e, então, desenharam mais de 20 ideias. Após definida a forma física ideal junto à direção da novela, o time partiu para a prototipagem.
Saiba tudo sobre o personagem
Haroldo acaba de integrar o elenco da novela "Travessia", que vem jogando luz a questões atuais envolvendo o uso de tecnologia. Simpático e gentil, ele é o novo funcionário do bar de Vila Isabel. A ideia foi de Nunes, personagem de Orã Figueiredo, proprietário do estabelecimento, com o intuito de tornar o negócio mais tecnológico. "O Haroldo não vai fazer uma revolução; ele é a revolução", disparou no episódio da última terça, 28 de novembro. O robô cheio de charme promete conquistar a clientela, colocando em xeque a preferência por Joel, interpretado por Nando Cunha, o colega de trabalho humano.
De acordo com Rizzo, a entrada de um robô como personagem na novela das nove deve acender o debate sobre a inserção de tecnologias no nosso dia a dia. "Os espectadores serão convidados a refletir sobre como as tecnologias estão incorporadas na nossa rotina e como elas podem nos ajudar a viver melhor. Além disso, a trama provocará a discussão sobre como profissões essencialmente humanas, como a de garçom, podem estabelecer diferentes relações com as novas tecnologias, um robô, por exemplo", afirma.