Uma mulher e um LGBT+ fazem transmissão histórica da Copa do Catar na Globo
Renata Silveira e Richarlyson colocam mulheres e LGBTs em posição inédita na emissora mais influente do País
A partida entre Dinamarca e Tunísia, pelo Grupo D da Copa do Catar, teve um ineditismo histórico na exibição pela Globo.
Renata Silveira se tornou a primeira mulher a narrar um jogo da Copa do Mundo na TV aberta.
A carioca, de 33 anos, é conhecida pela narração precisa e elegante, sem chamar mais atenção do que a bola em campo.
Ao seu lado, nos Estúdios Globo, no Rio, outra valiosa representatividade: o ex-jogador Richarlyson, agora comentarista, que se declarou bissexual este ano.
Contaminado por machismo e homofobia desde sempre, o universo do futebol tem sido obrigado a combater a discriminação para promover a imprescindível inclusão.
A dobradinha entre Renata e Richarlyson é ainda mais importante ao considerarmos a opressão imposta pelo governo do Catar a mulheres e membros da comunidade LGBTQIAP+.
O time da emissora para o jogo entre dinamarqueses e tunisianos foi completado por Zé Roberto, ídolo de vários times, como Bayern de Munique, Santos e Palmeiras.
A Globo investe na derrubada de preconceitos e tabus relacionados a gênero, sexualidade e raça diante das câmeras e nos bastidores.
Em outubro, o canal criou a diretoria de Diversidade e Inovação em Conteúdo. A área é comanda por Samantha Almeida, a primeira executiva negra do alto escalão do Grupo Globo.