“Vai trabalhar, minha senhora”, diz repórter interrompido com grito de “globolixo”
Victor Ferreira reagiu rápido a uma tentativa de atrapalhar sua participação ao vivo em telejornal
Direto da Avenida Paulista, o repórter Victor Ferreira falava ao vivo no ‘Em Ponto’, da GloboNews, sobre as polêmicas em torno do Marco Temporal que define o usufruto de terras indígenas, quando uma pedestre o provocou.
“Globolixo”, gritou a mulher. No momento, a tela estava com uma arte e o jornalista narrava informações sobre a posição de cada partido a respeito do tema.
Ele respondeu na hora. “Eu estou trabalhando, minha senhora, vai trabalhar também, por favor.” Victor retomou o raciocínio e depois voltou a aparecer no vídeo, sem se deixar abater pela interrupção.
Protestos do tipo têm sido cada vez mais comuns na Globo e GloboNews.
Em março, um rapaz foi para cima do repórter Marcelo Bruzzi quando ele estava ao vivo no ‘Jornal das Dez’. “Uma pessoa pode morrer hoje porque a Globo continua defendendo semiaberto para bandido. E aí, o que que vai acontecer?”, questionou. Intimidado, o jornalista parou de falar e se afastou.
Em junho do ano passado, outro cidadão surgiu diante da câmera do canal de notícias durante entrada do repórter Artur Queiroz no Rio. “Globolixo, para de envergonhar o Brasil. Qual a mentira que estão contando?”
A animosidade contra o grupo de comunicação da família Marinho chegou ao Congresso. No mês passado, numa coletiva, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) se referiu à Globo como ‘imprensa lixo’.
Outro parlamentar, Delegado Caveira (PL-PA), tirou o microfone da Globo e GloboNews do púlpito, onde estavam os aparelhos de todas as emissoras de TV, e o colocou no chão.