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Diferença menor de preços indica tendência de queda

Segunda, 15 de maio de 2000, 11h20min
Os preços dos produtos e serviços cobrados hoje do consumidor já absorveram boa parte do forte impacto que a desvalorização do real em relação ao dólar provocou nos preços relativos da economia desde janeiro de 99.

Atualmente, o ritmo de variação das cotações dos produtos e serviços em relação à média dos preços já voltou ao nível anterior à mudança cambial e é o segundo menor desde o início do Plano Real, em junho de 94, de acordo com o estudo da economista do BCN Alliance, Ana Cristina Gonçalves da Costa.

Oscilações menos intensas de preços em relação à média são fortes indicadores de que os índices de inflação declinante registrados nos últimos meses espelham uma tendência.

Isso não significa, porém, que no meio dessa trajetória de queda não ocorram, nos próximos meses, repiques isolados do custo de vida, provocados por pressões sazonais ou reajustes de tarifas, combustíveis e outros preços administrados. Mas novos repasses de aumentos de custos para preços atribuídos à desvalorização cambial de janeiro do ano passado não se justificam mais se, de fato, a estrutura de preços relativos já estiver ajustada, conforme mostra o estudo da economista. "A reacomodação entre os preços relativos da economia está terminando", afirma Ana Cristina.

Para chegar a essa conclusão, a economista calculou a dispersão das cotações dos 589 itens que compõem o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC/Fipe). A dispersão é uma medida estatística usada para avaliar quanto os preços oscilam em relação à variação média do conjunto das cotações dos produtos e serviços.

Plano Real - De acordo com a teoria econômica, diz Ana Cristina, quanto maior a dispersão maior será a tendência de alta do indicador no futuro e vice-versa. O período analisado foi do início do Plano Real até abril deste ano e os cálculos foram feitos mês a mês.

Segundo o estudo, a dispersão registrada em abril deste ano foi de 3,2 pontos em relação à variação média dos preços. Esse resultado é inferior aos 3,7 pontos de dezembro de 1998, mês que antecedeu a desvalorização. O resultado de abril só perde para o de setembro de 1998, quando a dispersão era de 3,1 pontos, a menor obtida desde o início do Real.

Em julho de 94, o primeiro mês da estabilização, quando os preços relativos ficaram completamente desordenados com a introdução da nova moeda, a dispersão chegou a 27,9 pontos e atingiu o pico da série analisada. Em janeiro de 99, mês da desvalorização, a dispersão estava em 4,5 pontos e subiu para 5,6 em maio do ano passado. Esse novo salto pode refletir que, passado o susto inicial da desvalorização, os agentes econômicos começaram, de fato, a repassar os aumentos de custos provocados pela mudança cambial.

ConsumidorSuperado esses fatores, Heron acredita que a tendência é declinante para ambos indicadores, ressalvando as fases em que eles serão afetados por altas sazonais de preços ou reajustes de tarifas.

Na análise da economista do BCN Alliance, se todos os preços estão subindo num mesmo ritmo, sem grandes oscilações, a estrutura de preços relativos está sendo mantida. Com isso, explica, resgata-se a função do sistema de preços relativos - que é a grande referência das decisões econômicas.

Inflação em baixa e média de preços oscilando num intervalo menor são duas boas notícias para o consumidor. Segundo Heron, quanto menor a dispersão, maior a percepção do consumidor em relação à inflação. Com uma noção mais clara do ritmo de reajustes, o consumidor consegue organizar seu orçamento e cristaliza a percepção de que a inflação está sob controle.
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