O ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, disse nesta segunda-feira que acha que "não é o caso" de a Petrobras comprar ativos da Ipiranga. Em entrevista concedida depois da apresentação do novo programa ambiental da empresa, o ministro comentou que no setor de distribuição de combustíveis, a Petrobras já tem a liderança num mercado que conta com a participação de companhias privadas. Para ele, a BR deve ter um crescimento natural no mercado sem a necessidade de comprar uma outra empresa. "A Petrobras é poderosa demais nesse segmento para fazer isso, mas eu nem sei se a Ipiranga está mesmo vendendo alguma coisa", afirmou Tourinho.O presidente da Petrobras, Henri Phillipe Reichstul, recusou-se a fazer qualquer comentário sobre possíveis negociações entre a Petrobras e a Ipiranga. "Nada a declarar sobre isso", esquivou-se.
Tourinho afirmou que deve sair, dentro de 30 dias, a nova modelagem para a privatização de Furnas, Cesf e Eletronorte. O ministro continua mantendo para este ano a previsão de privatização das geradoras. "O governo trabalha com esse prazo. Se vai ou não ocorrer, vamos ver depois", disse. Ele não adiantou, contudo, se pela nova modelagem Furnas deixaria de ser dividida em três empresas como foi acertado anteriormente: duas de geração e uma de transmissão de energia. "Ainda não há nada definido sobre isso", disse.