ECONOMIA
   Últimas     Notícias     Mundo     Brasil     Economia     Esporte     Informática     Revistas




INDICADORES
» Cotação do dólar
» Outros indicadores
BOLSA DE VALORES
» Consulte uma cotação
IBovespa
» Outras bolsas
AGÊNCIAS
» Bloomberg
» Gazeta Mercantil
AGROPECUÁRIO
» Canal Rural
» Negócios Pecuários
ANÁLISE
» Dinheiro
BASTIDORES
» Claudio Humberto
MARKETING
» Venda Mais
» Pensarte
REVISTAS
» Amanhã
» Carta Capital
» Dinheiro Online
SIMULADORES
» Desafio
JORNAIS DA REDE
» Manchetes do dia
PREVISÃO DO TEMPO

» Imagem do satélite
SERVIÇOS
» Agenda
» Cotação de Automóveis
» Empregos
» Horóscopo
» Loterias
» Imposto de Renda
BUSCA
» Busca em notícias
» Busca na Internet

Produção de resinas duplica na América do Sul em dez anos

Segunda, 15 de maio de 2000, 16h18min
O parque sul-americano de resinas termoplásticas está duplicando sua capacidade intalada, que era de 2,9 milhões de toneladas em 1993, para 6,1 milhões de toneladas em 2003. Os números foram divulgados no relatório anual da consultoria americana Chemical Market Associates (CMAI) com base na produção das resinas polipropileno (usada em automóveis e eletroeletrônicos), indicando o consumo mais sofisticado, e em polietilenos (embalagens flexíveis), considerado um termômetro da economia popular.

O período retratado no anuário de 2000, mostra o mapa mundial do parque petroquímico de 1993 a 2003. O levantamento leva em conta a capacidade instalada, sua ocupação, consumo interno, importações, exportações e demanda per capita dos países produtores de resinas termoplásticas ou dos que apenas importam o produto. O anuário, tido como uma espécie de bíblia do setor, é publicado pela CMAI desde 1979.

Polietilenos - A capacidade instalada para a produção de polietilenos, no ano passado era de 2,91 milhões de toneladas, está em 2,96 milhões de toneladas, e no próximo passará a 3,1 milhões de toneladas. A ocupação da capacidade, em 83% no ano passado, foi para 84% este ano e deverá manter-se igual em 2001. Da produção de 2,3 milhões de toneladas, em 1999, foram exportadas 632 mil toneladas, e as importações fecharam em 1,2 milhão de toneladas. Este ano, a produção será de 2,4 milhões de toneladas, das quais 660 mil toneladas serão vendidas ao mercado externo. O continente importará 1,2 milhão de toneladas. Para o próximo ano, o estudo aponta produção de 2,6 milhão de toneladas, sendo 672 mil toneladas exportadas. E as importações somarão 1,3 milhão de toneladas.

A partir do cálculo do que foi produzido menos as exportações mais as importações, o estudo mostra o consumo aparente no continente. Ao longo de 1999, foram transformadas 2,9 milhões de toneladas de polietilenos em bens de consumo intermediários e finais. No ano passado, o continente processou 3,0 milhões de toneladas e, em 2001, deverá transformar 3,3 milhões de toneladas. A produção da indústria sul-americana de transformação de resinas, demandou, em 1993, 2,0 milhões de toneladas, e em 2003, estima-se que processará 3,8 milhões de toneladas. A demanda per capita também vem aumentando: em 1999, foi de 7,39 quilos, no ano passado de 7,5 quilos e, para 2001, deverá ser de 7,93 quilos.

Polipropileno - Das 1,5 milhão de toneladas de capacidade instalada para a produção de polipropileno, na América do Sul, em 1999, a indústria ocupou 74%. Neste ano, das 1,7 milhão de toneladas, serão utilizados 72%. E das 1,8 milhão de toneladas, em 2001, a indústria ocupará 73%. A produção atual de 1,2 milhão de toneladas será um pouco superior a de 1999, de 1,1 milhão de toneladas. As importações, que no ano passado chegaram a 297 mil toneladas, este ano apresentarão pequeno recuo, resultando em 276 mil toneladas. Para 2001, está previsto um salto para 285 mil toneladas. E as exportações da resina, que em 1999 foram de 295 mil toneladas, este ano vão saltar para 325 mil toneladas, e no próximo serão de 330 mil toneladas.

O consumo aparente, este ano, será de 1,2 milhão de toneladas, um pouco mais alto do que as 1,1 milhão de toneladas transformadas pela indústria sul-americana no ano passado. Em 2001, está prevista a utilização de 1,3 milhão de toneladas de resinas termoplásticas pelo parque do continente. A demanda per capita desse tipo de plástico, em 1999, foi de 2,92 quilos, este ano será de 2,96 quilos e, no próximo, a previsão é de chegar aos 3,18 quilos.

Brasil - O Brasil é o maior produtor de resinas termoplásticas da América do Sul. A capacidade instalada para a produção de polietilenos, em 1998, era de 1,7 milhão de toneladas. No ano passado, a inauguração de duas unidades no pólo petroquímico de Triunfo (RS), uma da OPP Petroquímica e outra da Ipiranga Petroquímica, incrementou a capacidade que atualmente é de 2,1 milhão de toneladas e tende a ficar estável até 2003. A ocupação da capacidade foi de 83%, em 1999, este ano ficará em 85%, assim como no próximo. Já a ademanda per capita, que em 1999 foi de 8,23 quilos, em 1999, subirá para 8,28 quilos este ano e alcançará 8,78 quilos, em 2001.

No ano passado a indústria de resinas produziu 1,7 milhão de toneladas de polietilenos, importou 85 mil toneladas e exportou 470 mil toneladas. O resultado disso é que dentro do País, mas indústrias de transformação demandaram 1,3 milhão de toneladas. Para este ano, a previsão é de que o consumo interno seja de 1,4 milhão de toneladas da resina. Entre produção local (1,8 milhão de toneladas) e importações (90 mil toneladas), o Brasil vai dispor de um total de 1,9 milhão t, das quais 498 mil t serão exportadas. Em 2001, serão produzidas 1,8 milhão de toneladas e importadas 105 mil toneladas, para suportar a demanda do mercado interno projetada em 1,5 milhão. As restantes 425 mil toneladas deverão ser exportadas.

A capacidade instalada atual para a produção de polipropileno no Brasil é de 1,1 milhão de toneladas, e sua ocupação este ano é estimada em 72%, o que resultará em produção local de 849 mil toneladas da resina, muito usada na produção de peças e componentes para as indústrias automotiva e de eletroeletrônicos. Deverão ser importadas 15 mil t e exportadas 200 mil toneladas. A indústria brasileira deverá transformar 664 mil toneladas, este ano, e o consumo per capita de plásticos no Brasil fechará o ano em 3,92 quilos.

No próximo ano, a capacidade produtiva deverá saltar para 1,3 milhão de toneladas, e a projeção de uso da capacidade instalada é de 70%, sendo que a produção é estimada em 909 mil toneladas. A previsão de importações indica que o volume se manterá em 15 mil toneladas, igual ao deste ano - mas a metade do que foi importado em 1999. As exportações serão de 200 mil toneladas, volume que repete o de 1999 e o previsto para este ano. As indústrias transformadoras usarão 724 mil e a demanda per capita poderá chegar a 4,23 quilos.

Argentina - A Argentina, segunda maior produtora de resinas da América do Sul, tem capacidade instalada cinco vezes menor do que a do Brasil, para a produção das principais commodities petroquímicas (polietilenos e polipropilenos). Mesmo assim, da capacidade produtiva para 355 mil toneladas de polietilenos, este ano serão utilizadas 83%, o que representa a produção de 293 mil toneladas. Outras 235 mil toneladas serão importadas, para suportar a demanda interna por 503 mil toneladas. De acordo com estimativas, serão exportadas 25 mil toneladas, e o consumo per capita ficará em 13,59 quilos. Para o próximo ano, a expectativa é de que a capacidade instalada salte para 555 mil toneladas, com 79% de ocupação, resultando em produção de 439 mil toneladas. O consumo interno da indústria transformadora será de 544 mil toneladas e o per capita de 14,51 quilos. Serão importadas 215 mil toneladas, e exportadas 110 mil toneladas.

Em polipropileno, a capacidade atual é de 260 mil toneladas, e sua ocupação, este ano, será de 71%, uma produção de 185 mil toneladas que se somará a importações de 60 mil toneladas, para sustentar um consumo interno de 205 mil toneladas, e demanda per capita de 5,54 quilos. As exportações de polipropileno são estimadas em 40 mil toneladas. De 2001 a 2003, a capacidade instalada vai se manter em 260 mil toneladas, sendo que o nível de atividade é estimado em 77% nos próximos dois anos, e em 2003 será de 76%. Reflexo da falta de expansão da capacidade instalada são as importações, que para 2002 e 2003 estão projetadas em 80 mil e 100 mil toneladas, respectivamente, para uma demanda per capita de 6,71 quilos em 2003. Enquanto as exportações, de 2001 a 2003, se estabilizarão em 40 mil toneladas, em cada um dos próximos três anos.

Venezuela - Depois do Brasil e da Argentina, o maior parque industrial petroquímico do continente é a Venezuela.A capacidade instalada para a produção de polietilenos, este ano, está em 355 mil toneladas, e o nível de ocupação é estimado em 80%. No próximo ano, a produção permanecerá a mesma, mas saltará em 2002 para 980 mil toneladas, e para 1,105 milhão de toneladas, em 2003, quando alcançará cerca de um terço da atual capacidade instalada brasileira. A ocupação da capacidade é estimada em 80% este ano, em 86% em 2001, em 71% em 2002, e em 82% em 2003. Em se tratando de indústria sul-americana, uma peculiaridade: a indústria venezuelana mais exporta do que importa. Este ano, as exportação serão de 135 mil toneladas, volume igual ao de 2001, de 490 mil toneladas em 2002, e de 675 mil toneladas em 2003.

Já as importações de 20 mil toneladas, este ano, tendem a ficar estáveis até 2002 e a cairem para 17 mil toneladas, em 2003. A demanda per capita de 7,56 quilos, em 1993, chegou a 9,11 quilos em 1995 caindo para 6,99 quilos, este ano, e evoluindo para 9,81 quilos em 2003.

A capacidade instalada para a produção de polipropileno da Venezuela era de 73 mil toneladas em 1993 e saltou para 85 mil toneladas, desde 1997 até agora, e esse número tende a permanecer igual até 2003. A ocupação da indústria está em 78% e, em 2003, será de 95%. A partir do aumento da produção interna, em 1997, as importações estacionaram em 15 mil toneladas, volume que tende a permanecer até 2003. E as exportações, de 25 mil toneladas em 1998, cairam para 20 mil toneladas, no ano passado, se estabilizando nesse número até 2003. O consumo per capita de 2,21 quilos, em 1993, evoluiu lentamente durante os dez anos pesquisados e chegará a 2003, em 2,98 quilos.

Chile - No segmento de resinas termoplásticas, o Chile se afirma como grande importador. A capacidade instalada para a produção de polietilenos é de 42 mil t/ano desde 1993, e assim permanecerá até 2003. Essa resina é usada fundamentalmente para a produção de embalagens flexíveis. O Chile, maior exportador sul-americano de frutas e seus derivados, não prescinde de filmes e sacarias plásticas para protegê-los no trasnporte. O estudo demonstra a progressão das importações, na seguinte ordem: 75 mil toneladas, em 1993; 121 mil toneladas, em 1998; 125 mil toneladas, em 1999; 133 mil toneladas, este ano; 145 mil toneladas, em 2001; 159 mil toneladas, em 2002; e 172 mil toneladas, em 2003. Contudo, o Chile também exporta: 2 mil t/ano, de 1993, mesmo volume durante a década, ou seja, até 2003. A demanda per capita de 8,31 quilos, em 1993, este ano é projetada em 11,34 quilos, e em 2003 estará em 13,35 quilos.

Até 1998, o Chile não produzia polipropileno. Sua capacidade instalada, em 1999, foi iniciada com uma unidade de 30 mil t/ano, e saltou para 100 mil toneladas, este ano. De 2001 a 2003, a capacidade continuará igual, variando apenas a ocupação: este ano, de 61%; em 2001, de 78%; em 2002, de 75%; e em 2003, de 76%. Quando não havia indústria da resina no Chile, as importações variaram de 25 mil t/ano a 47 mil t/ano. A partir do início da operação da unidade, as compras externas diminuiram: 45 mil toneladas, em 1998; 47 mil toneladas, em 1999; 15 mil toneladas, em 2000; e 10 mil toneladas, em cada um dos próximos três anos. O consumo per capita da resina triplicou em 10 anos: de 1,82 quilo, em 1993, vai para 4,53 quilos, em 2003.

Colômbia - A Colômbia tem capacidade instalada para a produção de polietilenos de apenas 73 mil t/ano e mesmo assim não a ocupa integralmente. No ano passado, o nível de ocupação foi de 77%, e a estimativa para este ano é de uso de 78%. De 1993 a 1996, a capacidade era de 60 mil t/ano, e a ocupação variava de 92% a 107%. Sinal de que a Colômbia pode expandir sua capacidade produtiva de resinas, é que as exportações vêm evoluindo. Em 1993, eram de 116 mil toneladas, este ano serão de 169 mil toneladas e, em 2003, de 202 mil toneladas. A demanda per capita anual de 4,98 quilos, em 1993, saltou para 5,81 quilos, este ano, e 6,57 quilos, em 2003.

A capacidade produtiva de polipropileno da Colômbia equivale à produção de apenas uma unidade brasileira de porte médio. Essa resina é muito utilizada na produção de peças e componentes para automóveis e eletroeletrônicos. A capacidade instalada de 140 mil toneladas não será alterada nos próximos três anos. Já a ocupação evoluirá de 76% este ano para 86% em 2003. Nesse período, as importações serão mantidas em 20 mil t/ano, e as exportações serão reduzidas de 40 mil toneladas, este ano, para 25 mil toneladas em 2003. De 1993 para 2003, a demanda per capita aumenta de 1,45 quilo para 2,85 quilos.

Peru - Se dependesse da produção peruana de resinas termoplásticas, esse setor simplesmente não existiria na América do Sul. Este ano, o Peru está importando 29 mil toneladas de polipropileno, exatamente o volume de sua demanda interna, e 73 mil toneladas de polietilenos, igualmente o quanto consumirá ao longo do ano.

A demanda per capita de polietilenos, a matéria plástica das embalagens, era de 2,15 quilos, em 1993, e passará a 3,17 quilos em 2003. A atual é de 2,78 quilos. E o consumo per capita de polipropileno, resina usada em indústrias de ponta tecnológica, está em zero, de 1993 a 2003.
Agência Estado

Volta

 

Copyright© 1996 - 2000 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.