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PM faz megaoperação para garantir leilão do Banespa

Domingo, 19 de novembro de 2000, 15h24min
A Polícia Militar vai repetir amanhã, durante o leilão do Banespa, a megaoperação de segurança montada há dois anos para a venda das empresas de telecomunicações. A área do entorno da Bolsa de Valores do Rio, no centro, será patrulhada por 1,2 mil policiais, a partir das 6 horas. A PM interditou a região desde ontem e o prédio da bolsa está rodeado de tapumes. Três ruas próximas à bolsa já estão parcialmente fechadas para garantir o isolamento da área e as principais vias de acesso à Praça 15 de Novembro, onde fica o edifício, também estão sendo policiadas dia e noite. Há três dias, a PM está fazendo vistoria nos ônibus que chegam à cidade pela Rodovia Presidente Dutra, em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal. Até agora, ninguém foi detido.

Amanhã, a maior parte do policiamento será feito a pé, conforme informou a Chefia do Estado Maior da PM, mas também haverá uma tropa montada e policiais com cachorros. Na entrada da bolsa, 30 seguranças ficarão responsáveis pela triagem de pessoas. A polícia divulgou ainda que o Batalhão de Choque estará de plantão para controlar possíveis manifestações. Na época do leilão das Teles, o esquema de segurança não foi suficiente. No dia da venda da Telebrás, cerca de três mil estudantes e militantes de partidos de esquerda, contrários à privatização da empresa, entraram em confronto com 4,5 mil PMs. O conflito durou cinco horas. O centro foi transformado em praça de guerra. Lojas foram apedrejadas e a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo contra a multidão, além de disparar tiros para o alto. Mais de 40 pessoas ficaram feridas e 32 pessoas foram presas.

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